por Eliana Potiguara
Eu lembro perfeitamente em 1984, há 18 anos atrás, quando lia e assistia as palavras do inesquecível Prof. Darcy Ribeiro referindo-se ao Povo Potiguara como uma nação extinta culturalmente, eu olhava para minha mãe, para minha avó, que cedo ficou órfã, mirava minhas tias, coincidentemente,todas mulheres que por ação violenta da família Ludgren escravizou os Potiguara da Paraíba no início do séc.XX objetivando criar a falida, super falida Casas Pernambucanas. Graças a Tupã esse Império, que deixou marcas históricas, tendo como testemunhas noss@s avós, sucumbiu assim como sucumbirão todos os Impérios que surgirem nos tempos atuais, porque qualquer individuo de origem indígena no Brasil - Hoje- já tem consciência de suas raízes históricas, identificam seus direitos humanos, assim como o Povo ressurgido Poruborá.
Esse assunto de Povo Ressurgido me fascina, porque é a vitória , a conquista, o reconhecimento, a conscientização e o "ASSUMIR SEM MEDOS". O conceituadíssimo Procurador Geral do Estado da Paraíba, após meu depoimento na Polícia Federal, me perguntou porque eu incitava aos potiguaras a chamarem-se, Marcos Potiguara, Maria de Fátima Potiguara, Caboquinho Potiguara, João Batista Potiguara, enfim Tod@s Potiguara, eu respondi que existiam Marcos Terena,Ailton Krenak, Paulo Bororo,Mário Juruna, Lino Miranha, Álvaro Tucano, Eliane Potiguara, Mirian, Jupira Terena, Chiquinha Pareci, Darlene, Estevão, Doroti Taukane _ não nos interessam seus defeitos, faltas de técnicas ou estratégias para lidar ou fazer crescer o movimento indígena no Brasil. Mas esses e outr@s anônim@s construíram a vitória que é hoje a luta indígena que cresceu em duas décadas. Diacronicamente falando, estamos atrasad@s no tempo, mas sincronicamente tudo está no seu lugar. O Procurador, Dr. Luciano Maia, com seu olhar crítico, mas justo compreendeu a luta do Povo Potiguara, cuja dança era referida nas rádios da Paraíba como a dança da galinha, referência extremamente racista e preconceituosa.
Hoje os Potiguara foram reconhecidos culturalmente na TV GLOBO, não que eu esteja dando um super valor à aldeia Global , mas considero a penetração na massa popular brasileira importante. Em duas décadas de esforços, aí reforçando a participação indígena na Assembléia Constituinte de 1988, a atuação das Ongs de apoio aos P.I., a atuação dos deputados no Congresso Nacional e o apoio da mídia internacional é que vemos crescer Os Povos Ressurgidos, os Quilombolas, a luta do movimento indígena brasileiro pela Demarcação das Terras e constituição de seus Direitos. Mas a luta continua porque é necessário ainda construir um estatuto do índio à altura da realidade dos P.I. com direitos à saúde, educação, desenvolvimento, participação e trabalho não esquecendo a questão de gênero.O Povo Ressurgido Poruborá de Rondônia está de parabéns, que essa luta seja mais uma testemunha na reconstrução oficial e no resgate e preservação da cultura, tradições e espiritualidade indígenas. Continuemos...
Eu lembro perfeitamente em 1984, há 18 anos atrás, quando lia e assistia as palavras do inesquecível Prof. Darcy Ribeiro referindo-se ao Povo Potiguara como uma nação extinta culturalmente, eu olhava para minha mãe, para minha avó, que cedo ficou órfã, mirava minhas tias, coincidentemente,todas mulheres que por ação violenta da família Ludgren escravizou os Potiguara da Paraíba no início do séc.XX objetivando criar a falida, super falida Casas Pernambucanas. Graças a Tupã esse Império, que deixou marcas históricas, tendo como testemunhas noss@s avós, sucumbiu assim como sucumbirão todos os Impérios que surgirem nos tempos atuais, porque qualquer individuo de origem indígena no Brasil - Hoje- já tem consciência de suas raízes históricas, identificam seus direitos humanos, assim como o Povo ressurgido Poruborá.
Esse assunto de Povo Ressurgido me fascina, porque é a vitória , a conquista, o reconhecimento, a conscientização e o "ASSUMIR SEM MEDOS". O conceituadíssimo Procurador Geral do Estado da Paraíba, após meu depoimento na Polícia Federal, me perguntou porque eu incitava aos potiguaras a chamarem-se, Marcos Potiguara, Maria de Fátima Potiguara, Caboquinho Potiguara, João Batista Potiguara, enfim Tod@s Potiguara, eu respondi que existiam Marcos Terena,Ailton Krenak, Paulo Bororo,Mário Juruna, Lino Miranha, Álvaro Tucano, Eliane Potiguara, Mirian, Jupira Terena, Chiquinha Pareci, Darlene, Estevão, Doroti Taukane _ não nos interessam seus defeitos, faltas de técnicas ou estratégias para lidar ou fazer crescer o movimento indígena no Brasil. Mas esses e outr@s anônim@s construíram a vitória que é hoje a luta indígena que cresceu em duas décadas. Diacronicamente falando, estamos atrasad@s no tempo, mas sincronicamente tudo está no seu lugar. O Procurador, Dr. Luciano Maia, com seu olhar crítico, mas justo compreendeu a luta do Povo Potiguara, cuja dança era referida nas rádios da Paraíba como a dança da galinha, referência extremamente racista e preconceituosa.
Hoje os Potiguara foram reconhecidos culturalmente na TV GLOBO, não que eu esteja dando um super valor à aldeia Global , mas considero a penetração na massa popular brasileira importante. Em duas décadas de esforços, aí reforçando a participação indígena na Assembléia Constituinte de 1988, a atuação das Ongs de apoio aos P.I., a atuação dos deputados no Congresso Nacional e o apoio da mídia internacional é que vemos crescer Os Povos Ressurgidos, os Quilombolas, a luta do movimento indígena brasileiro pela Demarcação das Terras e constituição de seus Direitos. Mas a luta continua porque é necessário ainda construir um estatuto do índio à altura da realidade dos P.I. com direitos à saúde, educação, desenvolvimento, participação e trabalho não esquecendo a questão de gênero.O Povo Ressurgido Poruborá de Rondônia está de parabéns, que essa luta seja mais uma testemunha na reconstrução oficial e no resgate e preservação da cultura, tradições e espiritualidade indígenas. Continuemos...
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