quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

"Essai sur l'entendement humain " - John Locke

" Os homens se governam pela lei do costume"
10. Existe, em terceiro lugar, a lei da opinião ou da reputação.Nòs pretendemos, e nòs supomos em todo lugar do mundo, que as palavras "virtude" e "vìcio", designam as ações boas e màs em si-mesmas.
[...]. Mas, apesar de tudo que nòs pretendemos, é visìvel que esses nomes de virtude e de vicio, considerados nas aplicações particulares que fazemos entre as diversas nações, e as diferentes sociedades dos homens espalhadas na terra,são constantemente e unicamente atribuìdas a estas ou aquelas ações que, em cada paìs, e em cada sociedade,são reputadas honoràveis ou vergonhosas.[...]Assim, na medida do que chamamos virtude ou vìcio, e que tem o mesmo senso em qualquer lugar do mundo, é essa aprovação ou essa censura que se estabelece por um secreto e tàcito consentemento em diferentes sociedades e assembleias dos homens; por isso que diversas ações são estimadas ou desprezadas, entre eles, a partir do julgamento, das màximas e dos costumes de cada lugar.[...].
12.Talvez alguém gostaria de acreditar que eu esqueci minha pròpria noção da lei, quando eu digo que a lei atravéis da qual os homens julgam da virtude e do vicio,não é outra coisa que o consentemento de simples particulares, eles que não tem autoridade suficiente para fazer uma lei, sobretudo quando o que é necessàrio e tão essencial a uma lei lhes falta, eu quero dizer a importância de a fazer respeitar ? Mas eu acredito poder dizer que seja quem for que se imagine que a aprovação e a censura não são motivos poderosos para engajar os homens a se conformar às opiniões e as màximas daqueles com quem eles fazem sociedade,não parece muito bem instruìdo da natureza e da història do genero humano;ele acharà que a maior parte se governa principalmente, para não dizer unicamente, pela lei do costume:por isso que els sò pensam no que pode lhes conservar a estima daqueles que eles frequentam, sem muita consideração pelas leis de Deus e as do magistrado.Para as penas que são ligadas a infração das leis de Deus, alguns e talvez a maioria,fazem raramente reflexão de maneira séria;e,entre aqueles que o pensam,existem vàrios que se figuram, a medida que eles transgridem essa lei, que eles se reconciliarão um dia com aquele que é o autor, e eles são tranquilizados sobre suas faltas.Quanto aos castigos que eles tem a temer da parte das leis do Estado, eles lisonjeiam-se frequentemente da esperança da impunidade.Mas não existe homem,que tendo a fazer alguma coisa contrària ao costume e as opiniões daqueles que ele frequenta, e a quem ele quer tornar-se recomendàvel,que possa evitar a punição da censura e da desaprovação deles.De dez mil homens,não se encontrarà nenhum que tenha suficientemente força e insensibilidade de espìrito para poder suportar a censura e o desprezo contìnuo de sua casta.
[...] Existem pessoas que procuraram a solidão, e que se acostumaram a ela; mas ninguem a quem lhe tenha ficado algum sentimento da sua pròpria natureza de homem,não pode viver em sociedade sendo continuamente ignorado e desprezado por seus amigos e por aqueles com quem ele estabeleceu companhia.Um fardo tão pesado està acima das forças humanas; quem quer que seja que poderà sentir ao mesmo tempo prazer na companhia dos homens e sofrer com insensibilidade o desprezo e o desdém de seus companheiros, deveria ser um composto de contradições absolutamente insurmontàveis.
13. Eis então as três leis das quais os homens estabelecem suas ações de diferentes maneiras;primeiramente a lei de Deus, em segundo, a lei das sociedades polìticas, e em terceiro, a lei do costume ou censura dos particulares.E é sobre a conformidade que suas ações tem com uma dessas leis que os homens se regulam, quando eles querem julgar da retidão moral dessas ações, e de as qualificar de boas ou màs. - John Locke.
- Essai sur l'entendement humais ' 1690),Livre II, Cap.28, Trad.Originale L.Jaune -

LIBERAIS E CONSERVADORES


Por: Rodrigo Constantino - economista e articulista. www.institutoliberal.org.br

“The liberal today must more positively oppose some of the basic conceptions which most conservatives share with the socialists.” (Hayek)

Não são poucos os que confundem liberais e conservadores, colocando tudo no mesmo saco. Tamanha é a confusão, que Hayek, em seu clássico The Constitution of Liberty, acabou escrevendo um capítulo extra apenas para explicar porque não era um conservador, levantando as principais diferenças entre estes e os liberais – lembrando sempre que não se trata dos liberais americanos, mas sim dos clássicos.
Isso não o impediu de reconhecer o conservadorismo como legítimo e provavelmente necessário em oposição às mudanças drásticas. Tampouco impede que seja reconhecido o valor das tradições, ainda que estas sejam passadas de geração em geração sem argumento. As tradições são importantes para sustentar as leis e a liberdade, mas nem por isso devem ficar blindadas contra questionamentos. Liberais acreditam na liberdade de pensamento contra aqueles que pretendem impor crenças pela força. Creio que H. B. Acton resumiu bem a coisa quando disse que o tradicionalista quer poder seguir seus caminhos transmitidos, enquanto o liberal quer poder seguir novos caminhos também, sem coerção dos demais.
O liberal deveria perguntar, acima de tudo, para onde devemos nos mover, e não quão rápida deve ser a mudança. Hayek propõe um triângulo como diagrama para separar conservadores, liberais e socialistas, em vez de uma linha reta, que gera mais confusão. Em cada canto estaria um grupo diferente, o que parece mais correto do que colocar liberais no meio entre conservadores e socialistas.
A admiração dos conservadores pelo crescimento livre geralmente aplica-se somente ao passado. Falta-lhes normalmente a coragem para aceitar as mesmas mudanças não programadas pelas quais novas ferramentas para conquistas humanas irão emergir. Uma das características mais comuns na atitude conservadora é o medo da mudança, uma descrença no novo, enquanto a posição liberal é baseada na coragem e confiança, aceitando que as mudanças sigam seus cursos mesmo que não possamos prever aonde isso irá levar. Os conservadores estão inclinados a usar a força do governo para evitar mudanças, pois não possuem confiança nas forças espontâneas de ajuste que fazem o liberal aceitar as mudanças com menos apreensão, mesmo que não saiba ainda como as necessárias adaptações irão surgir. Como um exemplo que vem à cabeça, pode-se citar as pesquisas científicas com células-tronco.
O conservador sente-se seguro somente quando existe alguma forma de sabedoria superior que observa e supervisa a mudança, apenas quando ele sabe que alguma autoridade está a cargo de manter as mudanças “ordenadas”. Em geral, pode-se provavelmente dizer que o conservador não é contra a coerção em si ou o poder arbitrário, contanto que ele seja usado para aquilo que o conservador considera um propósito adequado. Ele acredita que se o governo estiver em mãos de homens decentes, então não é preciso ser muito reduzido por regras rígidas. Assim como o socialista, ele está menos preocupado com o problema de como se deve limitar o poder do governo do que com quem ocupa o poder. E ainda como o socialista, ele sente-se no direito de impor seus próprios valores aos demais pela força. Já para o liberal, a importância que ele pessoalmente deposita em objetivos específicos não é uma suficiente justificativa para forçar os outros a atender tais metas.
Seria por esta razão que o liberal não considera ideais morais ou religiosos como objetos adequados para a coerção, enquanto tanto os conservadores como os socialistas não reconhecem tais limites. Crenças morais que dizem respeito apenas à conduta individual que não interfere diretamente na esfera protegida das outras pessoas não justificam coerção. Pode-se pensar em alguns exemplos como a prostituição entre adultos responsáveis ou mesmo algo mais extremo, como a venda de um rim, que podem ser atitudes moralmente condenáveis para muitos, mas que impactam apenas as vidas dos envolvidos. O liberal, diferente do conservador e do socialista, não é autoritário. Isso pode explicar porque parece tão mais fácil para um socialista arrependido achar uma nova casa espiritual no conservadorismo que no liberalismo.
Diferente do liberalismo, cuja crença fundamental reside no poder de longo prazo das idéias, o conservadorismo está atrelado a um estoque de idéias herdadas num determinado momento. E como o conservador não acredita realmente no poder do argumento, seu último recurso é geralmente alegar uma sabedoria superior, baseada em alguma qualidade superior auto-arrogada. Hayek considera a característica mais condenável da atitude do conservador a propensão a rejeitar conhecimento bastante embasado porque ele não gosta de algumas das conseqüências que podem se seguir dali. Ora, se ficasse provado que nossas crenças morais realmente são dependentes de premissas que se mostram incorretas, seria moral defendê-las recusando-se a reconhecer os fatos? O viés nacionalista é outro elo que freqüentemente liga conservadores ao coletivismo. Pensar em termos de “nossa” indústria ou “nosso” recurso natural é um pequeno passo de distância para começar a demandar que tais ativos nacionais sejam direcionados para o “interesse nacional”. Protecionismo, reservas de mercado, subsídios agrícolas, são algumas das medidas que podem colocar conservadores lado a lado com socialistas, ambos contra os liberais. Por fim, Hayek escreveu algo que resume bem a diferença básica entre liberais e conservadores: “O liberal difere do conservador em sua disposição para encarar sua ignorância e admitir o quão pouco sabemos, sem alegar autoridade de fontes sobrenaturais de conhecimento onde sua razão falha”.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

A LIBERDADE NÃO É GRATUITA. PRECISAMOS LUTAR POR ELA !


por João Luiz Mauad

"OS IDEAIS DE LIBERDADE REQUEREM UM COMPROMISSO CULTURAL. O IMPORTANTE É DESENVOLVER ARGUMENTOS QUE COMBINEM A BELEZA DOUTRINÁRIA COM TÁTICAS DE GUERRILHA INTELECTUAL".

"A construção de uma sociedade livre, muito mais do que uma aventura intelectual, é uma obra de coragem. Nós precisamos de líderes intelectuais que estejam preparados para resistir às adulações do poder e que estejam dispostos a trabalhar por um ideal, ainda que pequenas sejam as perspectivas de sua rápida realização. Esses homens devem estar preparados para defender princípios e para lutar por sua integral realização, mesmo que ela pareça remota...".
(F. Von Hayek)

Muitos me questionam pelo fato de um liberal, defensor das idéias de gente que enxerga o interesse individual e não o altruísmo coletivo platônico, como força propulsora do desenvolvimento das sociedades, sujeita-se a trabalhar, horas a fio, sem qualquer remuneração, escrevendo artigos semanais para o Mídia Sem Máscara e bimensais para O Globo. Pois bem, acho que a melhor palavra para definir isto ainda é "ideologia".
Murray Rothbard disse, certa vez, que "o verdadeiro liberal não é aquele que se contenta em reconhecer o liberalismo como o melhor sistema social; ele não pode descansar até que este sistema, este conjunto de princípios, tenha triunfado".
Não tenho dúvidas de que a minha geração herdou da geração dos meus pais um Brasil pior do que aquele que eles receberam e, infelizmente, está passando para a próxima algo ainda pior. Preocupo-me com o futuro dos meus filhos e netos. Temo só de pensar nas enormes dificuldades que eles encontrarão pela frente, resultantes de uma infinidade de equívocos cometidos por seus pais e avós, seja por ações equivocadas ou simples omissão. Penso na dívida pública, na previdência social, na falência do Estado, na insegurança, na falta de infra-estrutura. Penso nas instituições arcaicas, na falta de justiça, no desrespeito pela propriedade e, acima de tudo, no aumento do poder arbitrário, com todas as conseqüências nefastas que ele acarreta, especialmente a servidão do povo.
Infelizmente, a servidão não é uma aberração na história da humanidade mas o resultado esperado do crescimento incontrolável de qualquer Estado. Se a população permanece passiva e, especialmente, mal informada, a opressão não encontra barreiras. Por outro lado, quando se defende a intolerância ao poder arbitrário e a disseminação das idéias corretas, a liberdade tende a prevalecer. Eu acredito que o trabalho mais importante em defesa da liberdade está baseado nas idéias, principalmente na propagação da cultura da liberdade.
Ronald Reagan explicou que "a liberdade nunca está a mais de uma geração da sua extinção. Nós não a transmitimos geneticamente às nossas crianças. Precisamos lutar por ela, protegê-la e conservá-la para as próximas gerações, ou passaremos à velhice contando aos nossos netos como era viver nos Estados Unidos numa época em que os homens eram livres".
Penso que uma forte resistência ideológica deve ser incentivada e que ela deve utilizar todos os meios disponíveis para se fazer ouvir. Alguém precisa disseminar essas idéias, tentar influenciar as pessoas, especialmente os jovens, afinal, conforme nos lembra Hayek, "A menos que nós possamos fazer dos fundamentos filosóficos de uma sociedade livre uma estimulante questão intelectual, bem como da sua implementação um desafio que provoque a ingenuidade e a imaginação de nossas mentes mais jovens, as perspectivas da liberdade serão realmente negras. Por outro lado, se nós pudermos recuperar a velha confiança na força das idéias, que foram o marco do liberalismo no seu esplendor, a batalha não estará perdida".
Só conseguiremos deter este monstro chamado Estado, a verdadeira negação da liberdade, se encorajarmos cada vez mais pessoas a pensar claramente, fazendo-as entender o real significado da liberdade e como ela funciona. Estamos falando aqui, portanto, de uma questão ideológica e não exatamente pragmática.
Muitos leitores escrevem para o Mídia Sem Máscara cobrando a formação de um partido político liberal no Brasil. No entanto, não creio que este seja o caminho. A mudança efetiva, aquela que deve ser buscada, é uma mudança de mentalidade, o que requer um trabalho paciente e ininterrupto no campo das idéias e da educação. Precisamos, acima de tudo, gerar argumentos bem fundamentados, claros e inequívocos.
Os ideais de liberdade requerem um compromisso cultural. O importante é desenvolver argumentos que combinem a beleza doutrinária com táticas de guerrilha intelectual. Não podemos deixar que os socialistas dominem sozinhos nas repartições públicas, nas universidades, na grande mídia. Precisamos combatê-los através da idéias, aproveitar cada espaço disponível para mostrar ao público que eles representam a servidão, ainda que disfarçada pelos pungentes ideais de "justiça social", "igualitarismo", etc., enquanto nós representamos a verdadeira liberdade.

FONTE: http://www.midiasemmascara.com.br

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

O COMUNISMO ACABOU?


Em qualquer esquina você encontrará alguém que lhe assegurará que “o comunismo acabou”. No entanto, poucos têm consciência de que estas palavras foram plantadas em sua boca pela sufocante campanha de desinformação desfechada pelos comunistas, a partir de 1919, quando da realização da III Internacional, Comintern, com vistas à dominação mundial. Apesar da Comintern ter sido dissolvida “oficialmente”, durante a Segunda Guerra Mundial, para agradar seus aliados ocidentais, a campanha de desinformação contra os países iluministas nunca foi interrompida e, mesmo com a derrocada da União Soviética, em 1990, tem continuado, movido pela inércia e por interesses espúrios das viúvas do absolutismo.
Para os incautos, é muito confortável nutrir a ilusão de que o comunismo acabou. Atende perfeitamente aos interesses daqueles que desejam propagar as idéias venenosas que levaram à ruína tantos países, a começar da gigantesca União Soviética. Realmente, o comunismo soviético acabou, depois de 73 anos de experimentação e de estrondoso fracasso. Porém, o comunismo, como um movimento para conquistar o poder e instaurar um governo socialista totalitário, não acabou. Está cada vez mais ameaçador, principalmente em países de escassa cultura iluminista, como os latino-americanos ou outros que a estão esquecendo, como os Estados Unidos.
Embora na Europa seja motivo de chacota, no Brasil o comunismo continua vivo como nunca, apesar de acéfalo, agora camuflado em ongs de todas as nuances e em dezenas de partidos políticos, como PT, PDT, PSB, PPS, PMN, PSTU, PcdoB e grande parte do PMDB e do PSDB. O fantasma de Brizola, com seus grupos dos onze, ainda ronda as fímbrias do poder, e Fidel Castro, outro fóssil insepulto ameaça: “Recuperaremos na América Latina o que perdemos no Leste Europeu”.
Existem incontáveis grupos internacionais dedicados à promoção das idéias comunistas, como, por exemplo, a Anistia Internacional, que se dedica a proteger bandidos, sob o pretexto de defender os direitos humanos. Os direitos humanos das vítimas dos bandidos não interessa à Anistia Internacional. As badernas de 1968, na Europa, e as desordens que caracterizam as manifestações contra a globalização e contra a reunião dos líderes dos países do primeiro mundo (iluministas) são uma demonstração de que os apóstolos do atraso estão vivos como nunca.
Além disso, no Brasil, milhares de comunistas, simpatizantes e inocentes úteis estão infiltrados e extremamente ativos na imprensa, entre os intelectuais, os artistas, os sindicatos, os estudantes, os servidores públicos.
Como ideologia, como subversão dos valores ocidentais, como estratégia para conquistar o poder e estabelecer o governo mais despótico de todos os tempos, o comunismo está cada dia mais vivo, principalmente no Brasil, graças às novas técnicas gramscistas, adotadas por vários partidos políticos disfarçados em trabalhistas ou socialistas.

Fonte: As Trincheiras do Iluminismo – Dr. Huascar Terra do Valle.

Buscas por aquecimento global crescem na web

Por Patricia Reaney, da Reuters

fonte: INFO Online

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

John Locke - Julgamento e consentemento

" O pensamento de John Locke ( 1632-1704) é por uma grande parte uma filosofia do julgamento : o homem é um ser que tem o direito e o dever de julgar.Deus, que é ele-mesmo seu juiz suprêmo, lhe deu pela "capacidade à lei" como Locke escreveu no texto acima, tirado do "Segundo Tratado do Governo" ( 1690), a possibilidade da liberdade: o homem é capaz de fazer as leis, de obedecer as leis, de reconhecer e de seguir ( ou de violar) a lei de Deus.
Fundamentalmente, pelo seu estado natural, o ser humano julga, segundo a razão, o que a lei natural, quer dizer a lei querida por Deus lhe ordena de fazer para a conservação de sua pessoa e da comunidade dos seres humanos.A liberdade não consiste em agir fora de toda lei, mas a fazer o que Deus prescreveu de bom e de justo.Para quem se examina pela razão, essa lei é clara, inteligìvel, os pagães a conheceram as vezes sem saber, na sua filosofia moral." Não tem liberdade sem lei" diz esse texto, nem no estado de natureza é ficção de uma situação preexistente as instituições, nem no estado social.Os homens no estado de natureza,instituiram àqueles que representam a sociedade atravéis os três poderes separados: o legislativo, o executivo e o judiciàrio.Esses poderes não podem agir contra a missão que lhes foi conferida -em inglês, le trust.Locke joga sobre o senso do termo : confiança, mandato, missão, ao mesmo tempo, a cumprir.
Se os poderes legislativo e executivo violam seu mandato, o povo tem o direito e o dever de julgar em que a autoridade saìu de sua missão, e de se revoltar.Todavia, o poder executivo a uma prerogativa, se a salvação do povo o exige, ele pode transgredir a lei existente.Tudo isso deve se julgar a medida da lei natural, que cada indivìduo porta inscrita no fundo de sua consciência.Um ùnico indivìduo pode estimar que a autoridade perdeu sua habilitação e , de seu fato, "entrou em guerra" com ele.Como Jephté na Bìblia, nos diz Locke,ele serà mais tarde responsàvel de sua rebelião diante de Deus.Locke escreve enfaticamente : " Disso eu sou o ùnico juiz na minha consciência pessoal".
Ora o povo serà o ator decisivo, ora um ùnico indivìduo: a questão " quem serà juiz?" é a questão capital do polìtico
.No liberalismo de Locke, a preucupação da ordem constitucional reposa sempre sobre o consentemento, individual e coletivo,tão bem que a revolução é uma possibilidade sempre aberta.
Como mais tarde Benjamin Constant, Locke estima que a lei civil sò é justa na medida em que nòs a consentimos pela razão.Qual é o critério? È sempre a lei natural, aplicada ao objetivo das leis civis, que é a conservação da "propriedade".
Esse conceito designa tudo junto, a liberdade, a pessoa e os bens, propriedade de si-mesmo e do que adquirimos pelas nossas forças e nosso trabalho.
Responsabilidade Permanente
Longe de ser uma plana apologia do capitalismo, o pensamento polìtico de Locke é a responsabilidade permanente para consigo mesmo, para com os outros, para com o juiz suprêmo.
Quanto a monarquia absoluta como a de Lois XIV, ela não é um Estado de direito, mas é ainda o estado de natureza: a revolta pode acontecer a todo momento. A lei, não é simplesmente o que o rei quer !
Aliàs, para Locke, que foi o protagonista, a "Gloriosa Revolução" dos Ingleses (1688) mostrou bem ao absolutistas o que os esperava !
Se o liberalismo é revolucionàrio em Locke, ele pode ser conservador em outros: assim Emmanuel Kant proscri toda vontade deliberada de revolução, o que não exclui de compor com a revolução consumada, se ela faz progredir, apesar de tudo, a idéia de liberdade.Os liberais então são divididos sobre o "direito de resistência".
- Lucien Jaune, autor de "A Liberdade e a lei".(Fayard, 2000 )
- Le Point- France -

"Là onde não existe lei, não tem liberdade "

" 57 [...] A lei, na sua acepção verdadeira, não consiste em limitar um agente livre e inteligente, mas a o guiar em direção a seu pròprio interesse, e ela não prescreve além do que conduz o bem ao bem geral daqueles que são submetidos a essa lei.[...]
Dessa maneira, sejam quais forem os erros cometidos a seu propòsito, a finalidade da lei não é de abolir ou de restringir, mas de preservar e aumentar a liberdade; e em todas as condições de ser criadas que tem a capacidade pelas leis [capable of laws], là onde não existe liberdade.
[...].È na realidade uma liberdade de dispor e de ordenar como entendemos suas ações,seus bens e o conjunto de suas propriedades, nos limites do que é permitido pelas leis das quais nòs somos submetidos; assim que, nesses limites, de não estar submetido a vontade arbitrària de um outro, mas de seguir livremente a sua.
135[...]Nos limites extrêmos que ele pode atingir, o poder da Repùblica e do legislativo é limitado ao que exige o bem pùblico da sociedade.È um poder que não tem outro fim que a preservação, e ele não pode jamais ter o direito de destruir os sujeitos, de reduzi-los em escravidão, o de os emprobecer volutariamente.As obrigações da lei de natureza não cessam na sociedade, mas, em muitos casos, elas são apenas tornadas mais severas; e as leis humanas lhes anexam as penas conhecidas de todos, para obrigar as pessoas as respeitarem.Assim, a lei da natureza fica como uma regra eterna para todos os homens, os legisladores tanto quanto os outros.As regras que os primeiros impõem as ações dos homens devem da mesma maneira que suas pròprias ações e a ação dos outros, ser conforme a lei da natureza, quer dizer a vontade de Deus em que ela constitue uma declaração; e porque a lei fundamental da natureza é a preservação do genero humano, nenhum decreto humano seria bom e vàlido se ele é contràrio.
202 Là onde acaba a lei, a tirania começa, desde que a lei é transgredida ao prejudìcio do outro.Toda pessoa que é investida de autoridade e que excéde o poder que a lei lhe dà, que usa da força submetida a seu comandamento para impor aos sujeitos o que ela não autoriza, cessa dessa maneira de ser magistrado e age sem autoridade conferida;nòs podemos então lhe resistir, como contra todo homem que usurpa pela força sobre o direito do outro.Isso é conhecido no caso de magistrados subordinados.
Se alguém possede a autoridade de apoderar-se de minha pessoa na rua, eu posso todavia lhe resistir como a um ladrão ou a um bandido quando ele tenta se introduzir pela força na minha casa para executar um mandato de captura, mesmo se eu sei que ele possede esse mandato e a autoridade legal que lhe conferem o poder de me prender do lado de fora.Porquê então isso não seria vàlido para os magistrados mais elevados e tambem os magistrados inferiores ?
Eu ficaria feliz de sabe-lo !
240È provàvel que faremos aqui a questão habitual;Quem serà juiz do fato que o princìpe ou o legislativo agem em contradição com sua missão:[...]Eis minha resposta :é o povo que serà o juiz.A quem pertence de julgar se o mandatàrio ou o deputado agem honestamente e em conformidade com a missão que lhes foi confiada,senão aquele que o mandatou, e que, do fato mesmo que ele o mandatou, tem sempre o poder de o demitir quando ele falha a sua missão ?241.Além disso, essa questão ( quem serà o juiz? ) não pode significar que não existe nenhum juiz.Pois quando não tem nenhuma juridição na terra para decidir os diferendos entre os homens, é Deus, nos céus, que é juiz.Sò ele, na verdade, é o juiz do direito.Mas, no caso do que se trata, como em todos os outros, cada homem deve julgar por ele-mesmo se alguem se colocou em estado de guerra com ele, e se ele deve chamar, como fez Jephté,( Jephté, juiz de Israel no antigo testamento,(Juges,XV)antes de partir em guerra contra os Ammonites, ele se entregou ao julgamento de Yahvé...que lhe acordou a vitòria), ao Juiz Suprêmo."
- John Locke - Le second Traité du Gouvernement ( O Segundo Tratado do Governo ), 1690 Trad.Originale L.Jaune-
Le Point - France -

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Telemundo desvela en un reportaje la presencia de Hezbolá en la frontera entre Brasil, Argentina y Paraguay


La cadena de televisión Telemundo, una de las principales en español en EEUU, emitirá un reportaje titulada "Hezbolá: la amenaza terrorista en Latinoamérica" en el que se demuestra la presencia del grupo terrorista libanés en una zona fronteriza entre Brasil, Argentina y Paraguay. El corresponsal Pablo Gato se desplazó a la "Triple frontera" donde "el comercio y el contrabando" mueven "entre dos y tres mil millones de dólares anuales". Las imágenes captan declaraciones de un "militante de Hezbolá" que se confiesa "dispuesto a sacrificar su vida cargado de bombas en su cuerpo para atacar a EEUU".
LD (EFE) En una nota difundida por Telemundo, la cadena de televisión en español de EEUU, anunció la difusión de un reportaje que demuestra la presencia de Hezbolá en una zona entre las fronteras de Brasil, Argentina y Paraguay. La serie se titula "Hezbolá: amenaza terrorista en Latinoamérica".

En el comunicado explica que "cuando muchos piensan que los terroristas sólo provienen del Medio Oriente o Afganistán, el 'Noticiero Telemundo' demuestra que la amenaza está en la propia América Latina y que ésta puede llegar a terreno estadounidense".

Las cámaras del "Noticiero Telemundo" siguen los pasos del corresponsal Pablo Gato, que se adentra en el corazón de Sudamérica para exponer la supuesta existencia de una "peligrosa" zona situada entre la triple frontera de Brasil, Argentina y Paraguay, descrita como la "capital del contrabando de América Latina". La cadena dice que "allí hay una gran comunidad árabe y también se ha establecido una peligrosa organización terrorista que muchos desconocen".

El texto de prensa agrega que "el comercio y el contrabando en la triple frontera mueven entre dos y tres mil millones de dólares anuales. Una porción de ese dinero acaba en las manos de Hezbolá y EEUU dice que una parte de eso acaba destinada a cometer actos terroristas".

En el reportaje se captan imágenes y declaraciones de "un militante" de Hezbolá, que confiesa que "está dispuesto a sacrificar su vida cargado de bombas en su cuerpo para atacar a EEUU". El terrorista asegura que "yo voy a enfrentar... pongo bomba en mi cuerpo. Voy a explotar. No voy a tener miedo. Yo nací para morir; no nací para vivir. Yo nací para defender mi tierra... para defender mi religión musulmana", asegura.
El pasado primero de febrero, el portavoz del Departamento de Estado de EEUU, Sean McCormack, indicó que su país no tiene constancia de la expansión de la organización libanesa Hezbolá en Latinoamérica, aunque es algo que le preocupa y que tratará de averiguar. "Es una preocupación clara y algo que, desde luego, sigue muy de cerca nuestra gente de operaciones antiterroristas", afirmó.

fonte: http://www.libertaddigital.com

NOTA: É INTERESSANTE COMO NÓS BRASILEIROS, NÃO FICAMOS SABENDO DESSE TIPO DE NOTICIA.....POR QUE SERÁ??

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

OS DESASTRES SOCIALISTAS

Em teoria, o socialismo é uma maravilha. É o sonho de todas as pessoas que sonham com um mundo com fraternidade, igualdade, liberdade, sem violência. O direito de propriedade é abolido para os indivíduos e entregue aos governantes, que vão usar patrioticamente do poder imenso que lhes é colocado nas mãos exclusivamente para o bem da população. No entanto, no mundo real, como foi a trajetória do socialismo, desde que ele foi apresentado como substituto angelical do absolutismo?
Inicialmente, como já comentamos, as viúvas do absolutismo pregavam o socialismo utópico, prometendo o céu na terra, como Robert Owen, Saint Simon e Charles Fourier. Havia também os anarquistas, como Proudhon, Bakunin, Kropotkin, que queriam acabar com qualquer governo. Depois vieram os socialistas furiosos e sanguinários, os comunistas, liderados por Karl Marx, rompendo com os valores morais tradicionais iluministas e pregando a violência para a tomada pelo poder, e o genocídio, para mantê-lo.
Como vimos, só no século XX, em 1917, foi instalado o primeiro regime socialista, da variante comunista, na Rússia.
Qual foi o resultado desta primeira experiência socialista em grande escala? Depois da tomada do poder, pela violência, foi instalada a ditadura do proletariado?
Resposta: Não! Não foi instalada a ditadura do proletariado e sim a tirania de ativistas e intelectuais bolchevistas dispostos a ir às últimas conseqüências a fim de impor um reinado de terror e se manter no poder. Os proletariados foram reduzidos à escravidão e à miséria, e milhões deles foram enviados para campos de trabalhos forçados (gulags), a maior parte no inferno gelado na Sibéria, com temperaturas que podem chegar a 60 graus abaixo de zero. Os comunistas desejavam desesperadamente acompanhar o desenvolvimento industrial e a prosperidade econômica dos países capitalistas.
E o tal estado celestial de comunismo perfeito, sem governo, sem luta de classes, sem exploração do homem pelo homem? O governo desapareceu, depois de 73 da tirania mais cruel, conforme profecia de Marx? Aconteceu? Também não! Ao contrário. Em todos os países comunistas instalou-se um estado policial repressivo, truculento, prepotente, arrogante, com controle total da vida dos cidadãos, com restrição absoluta da liberdade e punição severa, até com a morte, por crimes de opinião.
Em vez de sociedade igualitária, implantou-se um regime de castas, em que os membros do partido gozavam de incontáveis privilégios, desde lugares especiais nos transportes coletivos até lojas especiais e casas de campo (dachas) na margem do Mar Cáspio. Na luta pelo poder, e no esforço para implantar, contra a vontade da população, o regime coletivista, cerca de sessenta milhões de pessoas foram torturadas e mortas com requintes de crueldade inimagináveis (em tempo de paz), além de vinte e sete milhões de vítimas na Segunda Guerra Mundial.
A experiência socialista na Rússia foi uma catástrofe pior que as mais pessimistas previsões e resultou ainda mais furioso expansionismo imperialista de toda a história. Em poucas décadas dominou metade do mundo e teria conquistado todas as nações, não fora a heróica e pertinaz resistência imposta pelos Estados Unidos, em quase todas as frentes.
O socialismo, na prática, desperta nos homens seus piores instintos, resultado da concentração de poder nas mãos de um líder que, como os reis absolutistas, comportam-se como semideuses, até com direito de vida e morte sobre seus súditos.
A segunda experiência socialista, o Fascismo, de Benito Mussolini, foi outra tragédia, e só acabou em 1943 quando a população enfurecida linchou o ditador, pendurando-o de cabeça para baixo em praça pública.
A terceira experiência socialista, o Nazismo, foi ainda pior, atingindo seu clímax na pior confrontação armada de todos os tempos, com a morte de mais de cinqüenta milhões de pessoas, outro tanto de feridos e a destruição física da Europa.
Curioso é que a pompa perdida das monarquias absolutistas voltou, com uma fisionomia monumental moderna, nas obras faraônicas de Mussolini (para restabelecer a glória do Império Romano, segundo dizia); nas concentrações de milhões de soldados nazistas com suas bandeiras altaneiras com a suástica e o passo de ganso, para ouvir o berreiro tonitruante do semideus Hitler; nas paradas militares soviéticas em Moscou, com exibição de tanques, aviões e ogivas nucleares (muitas delas feitas de madeira compensada) e os desfiles gigantescos de bandeiras e dragões de papel da China comunista.
A quarta experiência socialista, na China, embora parecesse impossível, foi ainda pior. O açougueiro Mao Tsé-tung, sozinho, matou mais gente que toda a Segunda Guerra Mundial, embora em tempo de paz—cerca de sessenta e cinco milhões de chineses, seus compatriotas (apesar disto é adorado por milhões de comunistas no mundo inteiro), e levou a China à ruína, da qual se restabelece,como sempre, recorrendo ao capitalismo.
Houve outras experiências socialistas, todas elas de triste memória: No Camboja o líder comunista Pol Pot, que também fez uma “revolução cultural”, chacinou quase metade da população à procura do comunista perfeito. Não encontrou o comunista perfeito, mas conseguiu fazer uma riquíssima coleção de crânios.
Em cuba o socialismo arrasou o País. Dezessete mil foram fuzilados no “paredón”, sob ordens de Fidel Castro. Cuba sobreviveu muitos anos graças a esmolas soviéticas, antes da implosão do império vermelho. Hoje sobrevive com a renda de turistas estrangeiros e dólares enviados por cerca de um terço da população, que fugiu para a Flórida.
Outras tragédias socialistas envolveram muitos países que estão trilhando o árduo caminho de volta para o capitalismo, como alemanha oriental, hungria, república tcheca, eslováquia, romênia, bulgária, albânia, e muitos outros.
Apesar de todas estas terríveis experiências socialistas, ainda existem no mundo muitos desvairados que acreditam que o comunismo, que colheu tantos fracassos, poderá dar certo no Brasil. Logo no Brasil, onde nem a democracia deu certo, degenerando-se em cleptocracia!
Fonte: As Trincheiras do Iluminismo – Dr. Huascar Terra do Valle

domingo, 18 de fevereiro de 2007

DEFENDA SEU FILHO CONTRA A DOUTRINAÇÃO IDEOLOGICA

Pais, defendam seus filhos contra a doutrinação ideológica que acontece nas escolas, sejam elas públicas ou privadas, denunciem:

http://www.escolasempartido.org

escolasempartido@uol.com.br

Site do MEC privilegia autores de esquerda

ESTAMOS SEM A VERDADEIRA NOÇÃO DO PERIGO....... -
Dos 166 títulos que compõem a seção de ciências sociais, 86 são sobre ou de intelectuais de esquerda
Um espectro ronda a seção de ciências sociais do site "Domínio Público", criado pelo Ministério da Educação para dar acesso grátis a textos, imagens e músicas consideradas clássicos da cultura - o espectro do esquerdismo, que Vladimir Lênin definiu como "a doença infantil do comunismo". Dos 166 títulos que compõem esta parte da biblioteca, 86 são sobre ou de intelectuais de esquerda. Autores considerados clássicos da ciência política que defendem idéias de outras correntes políticas não estão presentes.
Clássicos como Emile Durkheim e Alexis de Tocqueville ainda não estão catalogados. Mas há pelo menos 21 textos do fundador do socialismo científico, Karl Marx, nove de seu colaborador Friedrich Engels, e quatro assinados pela dupla. Os revolucionários comunistas Vladimir Lênin e Leon Trotsky, respectivamente, são representados com 12 e 15 textos.
- É uma indigência com uma distorção marxista - diz o cientista político Fábio Wanderley Reis, da UFMG.
Em uma consulta com o nome "Marx" achou 60 títulos de ou sobre ele. Mas não viu nada de Max Weber, o sociólogo alemão autor de "A ética protestante e o espírito do capitalismo".
Tratados do inglês John Locke não são encontrados
Com tal seleção, quem for buscar no "Domínio Público" as idéias de John Locke, o filósofo inglês que refutou o direito divino dos reis e o primeiro a lançar as idéias em que se estabeleceram os governos democráticos atuais nos seus dois "Tratados sobre o governo civil", vai se decepcionar. Em compensação, há três textos de Nahuel Moreno, teórico argentino e um dos principais inspiradores do neotrotskista PSTU.
Mas não se pode dizer que outras correntes não apareçam. Há textos do historiador Plutarco, do senador romano Cícero, do filósofo francês René Descartes e do positivista francês Auguste Comte.
A abundância de textos de autores comunistas pode ser explicada pela facilidade de acesso: a reprodução foi possível pela compra de quatro CDs pelo Marxists Internet Archives, biblioteca virtual de obras comunistas, socialistas e anarquistas, explica o assessor de Tecnologia e Informação do MEC Espártaco Madureira. Ele informa que foi lançado edital para aumentar o acervo em 2005.
- O portal tem só 1.015 obras casdastradas. O objetivo é ter 100 mil - diz.
Professor do Iuperj diz que governo usa o que é possível
Para José Eisenberg, professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), acusar o portal de ser um instrumento de doutrinação de esquerda é falacioso.
- Como você está falando sobre traduções que tenham de ser de domínio público, seria precipitado e tendencioso achar que há um viés ideológico - defende. - Dadas as restrições, o governo federal está usando aquilo que é possível.
Mas a justificativa de Eisenberg não convence a professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Antônia de Lourdes Colbari.
- Não é porque o texto está disponível que tem de estar no portal. O MEC é uma referência, não pode ter só esse critério.
TÍTULOS DO PORTAL
QUEM ENTROU
KARL MARX (1818-1881): Economista e filósofo, intelectual de maior influência na esquerda e no debate político do século XX, autor de "O capital", com Friedrich Engels (1820-1895).
PAUL LAFARGUE (1842-1911): Genro de Marx, é representado no site com a obra que lhe deu mais notoriedade: "O Direito à preguiça".
VLADIMIR ILIYTCH LÊNIN (1870-1924): Líder da revolução russa, formulou a idéia de que o socialismo poderia vir não da falência natural e inevitável do sistema capitalista, mas por uma revolução executada por um partido organizado revolucionário.
LEON TROTSKY (1879-1940): Parceiro de Lênin na execução da Revolução Russa, organizador do exército soviético, exilado após perder a disputa pelo poder com Joseph Stálin na URSS, foi assassinado no México a mando deste. Autor da teoria da "revolução permanente", que pregava movimentos em todos os países para implementar o comunismo.
ROSA LUXEMBURGO (1871-1919): Antes de ser fuzilada por paramilitares a serviço do governo alemão, a revolucionária nascida na Polônia brigou com Lenin e Trotsky sobre como chegar ao socialismo e mantê-lo. Chamou a atenção para o risco de os movimentos socialistas se afastarem do proletariado pela ação de burocratas.
NAHUEL MORENO (1924-1987): Ideólogo argentino, uma das principais influências do neotrotskista PSTU.
CHE GUEVARA (1928-1967): Um dos líderes da guerrilha que levou Fidel Castro ao poder em Cuba.
QUEM FICOU DE FORA
EMILE DURKHEIM (1858-1917): Filósofo e sociólogo francês. Apesar de Auguste Comte ser considerado o fundador da sociologia, foi graças a Durkheim que ela passou a ser praticada e reconhecida com objeto, método e objetivos claros e definidos.
MAX WEBER (1864-1920): Economista e sociólogo alemão, autor do clássico da sociologia "O espírito protestante e a ética do capitalismo", em que defende que a ética e as idéias dos protestantes, especialmente do calvinismo, influenciaram o desenvolvimento do capitalismo.
ALEXIS DE TOCQUEVILLE (1805-1859): Descendente de uma família aristocrata que foi quase toda dizimada na Revolução Francesa, ele também estudou o movimento. Em "O antigo regime e a revolução", Tocqueville mostrou a influência que os intelectuais podem ter, ao comentar como os "philosophes" do século XVII ajudaram a enfraquecer a monarquia.Seu livro mais estudado é "Democracia na América".
THOMAS HOBBES (1588-1679): Outro clássico do pensamento político, por sua obra "O Leviatã". Nela, ele defende que, em seu estado natural, os homens vivem em permamente guerra - daí a necessidade de um Estado forte que medie estes conflitos.

Farc e ELN divulgam idéias em escolas no Brasil

A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo instaurou há duas semanas sindicância em três escolas públicas da Grande São Paulo para apurar a participação de colombianos em palestras e debates em defesa das idéias dos dois principais grupos guerrilheiros da Colômbia, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN). As sindicâncias referem-se a palestras feitas nos últimos nove meses em escolas de Osasco.
A secretaria está ouvindo diretores, professores e funcionários sobre as circunstâncias em que ocorreram essas reuniões. Defendendo as guerrilhas, os colombianos rebateram as acusações de envolvimento delas com o narcotráfico e criticaram o Plano Colômbia - projeto incentivado e parcialmente financiado pelos EUA contra a indústria da droga no país e considerado pelos representantes dos rebeldes um pretexto para intervenção militar norte-americana na América Latina.
O Estado apurou que as palestras são parte de uma ofensiva diplomática que vem sendo empreendida por porta-vozes ou colaboradores das Farc e do ELN no Brasil. Dois colombianos que se apresentam como porta-vozes dos grupos no Brasil afirmaram ao Estado que nos últimos dois anos "companheiros" vinculados à guerrilha estiveram em mais de 20 cidades, de pelo menos sete Estados brasileiros, defendendo seus pontos de vista em escolas públicas, universidades e sindicatos.
O objetivo das visitas, segundo Milton Hernández, do ELN, é bem definido: tentar forjar uma mobilização internacional de oposição ao Plano Colômbia que conte com o apoio de brasileiros. "Os povos da América Latina precisam criar uma rede de solidariedade, organizar-se, conscientizar-se e promover manifestações. Essa é a importância do trabalho", disse.
Falando um português razoavelmente correto, Hernandéz, de 48 anos (há 18 na luta armada) afirmou já ter estado em cinco debates escolares no Brasil, desde 1999. Visitou Recife, São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Fortaleza. "Nós acompanhamos as palestras, atualizamos as pessoas e contamos as últimas coisas." Segundo ele, há outros seis representantes do ELN no Brasil.
Mauricio Valverde, da comissão internacional das Farc, declarou já ter participado de palestras em mais de 20 cidades brasileiras desde que chegou ao País, há 11 meses. Valverde fala mal o português. "Temos convites de todo o Brasil, de Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Florianópolis, Pelotas, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Santos, Rio de Janeiro, São Paulo." Sua agenda é dividida com outros colombianos.
Nem as Farc nem o ELN têm representação legal no Brasil. Seus porta-vozes ou colaboradores vêm participando de palestras sempre sob um regime de discrição e mesmo de certo sigilo. "Desde que o Oliverio (Medina) foi preso, passamos a ter mais cuidado com entrevistas abertas, debates muito públicos, em não deixar filmagens, gravações, fotografias porque isso ajudaria a Polícia Federal a fazer seu trabalho", disse Valverde. Oliverio Medina era até o ano passado o mais conhecido representante das Farc no País. Mas depois de ter ficado detido por alguns dias em razão de problemas com visto - conforme disse na época a PF - foi proibido de falar aqui em nome da guerrilha. "Não nos identificamos (em público), nos apresentamos apenas como colombianos", acrescentou Hernández, que, como Valverde, usa um codinome.
Pela lei 6.815/80, o Estatuto do Estrangeiro, todo estrangeiro que estiver no Brasil com visto de turista não pode fazer pronunciamentos políticos ou proselitismo que envolvam questões de seu país. O artigo 107, diz que "o estrangeiro admitido em território nacional não pode exercer atividade de natureza política nem se imiscuir em negócios públicos do Brasil".
Segundo o delegado Marco Antônio Veronezzi, da Divisão da Polícia Marítima e Aérea de Fronteiras, da PF, a lei determina que o estrangeiro com visto de turista (ou em situação irregular) flagrado nessas circunstâncias seja convidado a deixar o país. Perguntado sobre como os colombianos envolvidos com a guerrilha entram no Brasil, Hernández, foi econômico: "Há esquemas."
Muitos dos debates são promovidos por grupos brasileiros de esquerda. Um dos mais ativos nessa missão, o Comitê Permanente de Solidariedade aos Povos em Luta, atua em São Paulo, onde desde julho de 2000 organizou mais de 40 palestras na capital e Grande São Paulo, segundo Magno de Carvalho, um dos articuladores do grupo e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da USP. Em boa parte dessas palestras, colombianos ligados à guerrilha estiveram presentes, entre eles Medina.
Carvalho esteve no início de junho em um encontro escolar em Osasco ao lado de um colombiano. O visitante foi apresentado aos alunos como um "companheiro" ligado aos movimentos populares da Colômbia. Receoso, ele não quis identificar-se. Aconselhado pelo colega brasileiro, também não falou com a reportagem para evitar mais exposição. A diretoria da escola pediu que o nome da instituição não fosse revelado, ao saber das restrições legais impostas aos estrangeiros.
O Comitê de Solidariedade é uma coalizão com um total de 30 grupos participantes, entre os quais o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), PC do B, PSTU, além de sindicatos e ONGs. O comitê tem também uma base no Rio de Janeiro, onde palestras sobre o tema já foram organizadas nas favelas da Rocinha, de Vilar Carioca e do Morro Dona Marta.
Segundo o coordenador do comitê carioca, Roberto Magalhães, de 31 anos, esses encontros não contam com a participação de estrangeiros.
Em Brasília, Fortaleza, Porto Alegre e Belém outros grupos anti-Plano Colômbia também têm organizado reuniões públicas sobre o tema. Os organizadores afirmam que não recebem colombianos nesses encontros. Em alguns casos, porém, como em Brasília, o líder de um dos grupos disse manter contato regular com membros das Farc. Os militantes brasileiros destes grupos dizem que não têm compromissos com as guerrilhas e apenas partilham posições sobre o plano.
O Estado assistiu a uma palestra da colombiana Teresa (que falou à reportagem sob as condições de não ter seu nome revelado e de ser citada apenas como uma militante cristã da Colômbia). A palestra ocorreu no final de março, em uma escola de Osasco. Arranhando um portunhol, Teresa falou a cerca de 200 alunos sobre a história dos movimentos revolucionários da América Latina, lembrou o herói Simon Bolívar e criticou os "imperialistas" e as "elites" colombianas. Sobre a guerrilha colombiana, disse: "São grupos armados por uma consciência de soberania e libertação nacional."
Sobre o plano, acrescentou ser um pretexto para a internacionalização da Amazônia.
"O que a gente vê é que a maioria das coisas a TV distorce. Na palestra, eles esclareceram que a guerrilha é uma coisa e o tráfico é outra", acredita Renato Factoricanova, de 22 anos, ex-aluno de uma escola estadual de Osasco, que assistiu no ano passado a uma palestra de Tereza. Os EUA acusam as duas guerrilhas de manterem ligação com narcotraficantes. A PF brasileira diz ter provas de que uma das frentes das Farc está ligada ao crime.
A opinião de Factoricanova parece estar longe de ser exceção. Segundo Carvalho, cada vez mais professores e alunos têm-se interessado pelas denúncias contra o Plano Colômbia. Alguns, conta ele, já formaram novos comitês. Três deles, embora embrionários, funcionam em Osasco, em Mauá e em São Miguel Paulista. O secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, Hubert Alquéires, afirmou que a lei estadual nº 10.309/99 proíbe que as escolas públicas organizem palestras que possam causar polêmica ou preconceitos sobre temas religiosos, políticos, econômicos e culturais. "Essas palestras desobedecem frontalmente a lei", disse, depois de conversar com os diretores das três escolas. "Não é adequado expor os alunos a um discurso tendencioso, que só leve para um lado", disse. "Não podem entrar nas escolas."
Procurados pela secretaria, os diretores das escolas sob sindicância disseram, segundo Alquéires, que haviam sido informados pelos organizadores (o comitê) de que os vistantes falariam sobre o Mercosul e questões ligadas à América Latina, mas acabaram avançando sobre pontos não previstos. Os diretores garantiram também que não sabiam que entre os convidados estaria alguém vinculado à guerrilha.
Alquéires enviou há duas semanas um e-mail para os 89 dirigentes de ensino do Estado recomendando cuidado na esolha de palestras.

Carta escrita de Constantinople aos irmãos

"Nossos irmãos, que estão difundidos na terra, e não dissipados,que moram na ilha de Niphon e nas de Cassitériades,que são unidos nos mesmos sentimentos sem tê-los se comunicado, adoradores de um Deus ùnico,piedosos sem superstição,religiosos sem cerimônias, zelosos sem entusiasmo, recebam esse testemunoho de nossa união e de nossa amizade;nòs amamos todos os homens;mas nòs gostamos mais de vocês que de todos os outros, e nòs oferecemos com vocês nossas puras homenagens ao Deus de todos os globos,de todos os tempos e de todos os seres.
Nossos cruéis inimigos, os "brames", os "fakirs", os "bonzes", os "talapoins", os "derviches", os "marabousts",não cessam de elevar contra nòs suas vozes discordantes; divididos entre eles e em suas fàbulas, eles parecem reunidos contra nossa verdade simples e augusta.Esses cegos, que brigam entre si às apalpadelas, são todos animados contra nòs, que andamos serenamente em direção à luz.
Eles não sabem quais são as nossas forças,.Nòs cobrimos toda a terra, os templos não poderiam nos conter, e nosso templo é o universo.Nòs existiamos antes que nenhuma dessas seitas tivessem nascido.Nòs somos ainda como foram nossos primeiros pais saìdos das mãos do Eterno; nòs oferecemos a ele como nossos pais votos simples em inocência e na paz.Nossa verdadeira religião viu nascer e morrer mil cultos fantàsticos, os de "Zoroastre", de "Osiris", de "Lamalxis", de "Orphé", de "Numa", de "Odir", e de tantos outros.Nòs subsistimos sempre os mesmos no meio de sectàrios de "Fo",de "Brama", de "Xaca", de "Vistnou", de "Mahomet". Eles nos chamam de ìmpios, e nòs respondemos a eles adorando Deus com piedade.
Nòs gememos de ver que aqueles que acreditam que Mahomet botou a metade da lua na sua manga estejam sempre secretamente dispostos a empalhar àqueles que pensam que Mahomet sò botou um quarto.
Nòs não temos nenhuma inveja das riquezas das mesquitas, que os imans sempre tremem sò de pensar em perdê-las;ao contràrio,nòs desejamos que todos eles desfrutem de uma vida suave e cômoda, que lhes inspire costumes fàceis e indulgentes.
O mufti sò tem oito mil sequins de salàrio;nòs gostarìamos que ele tivesse mais para sustentar sua dignidade, com a condição que ele não abuse.
Suposto que os Estados do grande lama sejam bem gouvernados, que as artes e o comércio floresçam neles, que a tolerância seja nele bem estabelecida,nòs perdoamos aos povos do Thibet de acreditar que o grande lama sempre tem razão quando ele diz que dois e dois fazem quatro - ( e quando outros dizem que três fazem um) - . Nòs os perdoamos de acreditar que ele é imortal,quando eles o vêm enterrado;mais se ainda existisse na terra um povo inimigo de todos os povos,que pensasse que Deus, o pai comum de todos os homens,lhe tirou por bondade do paìs fértil da India para conduzi-lo nas areias de Rohoda, e para lhe ordenar de exterminar todos os habitantes do paìs vizinho,nòs declaramos essa nação de ladrões a mais abominàvel do globo, e nòs detestamos suas superstições profanas, tanto quanto nòs deploramos os "ignicoles" caçados injustamente de seu paìs por Omar.
Se ainda existisse um povinho que imaginasse que Deus sò fez o sol, a lua, e as estrelas unicamente para ele;que os habitantes dos outros globos sò estiveram ocupados que para lhe fornecer a luz, o pão, o vinho, e o orvalho, e que ele foi criado para colocar o dinheiro a usura,nòs poderìamos permitir a essa tropa de fanàticos imbecis de nos vender de vez em quando "cafetans" e "dolimans"; mas nòs terìamos por ele o desprezo que ele merece.
Se existisse algum outro povo a quem foi dito que o que fora verdadeiro é falso;se ele pensa que a àgua do Gange é absolutamente necessària para estar reunido ao Ser dos seres;se ele se prosterna diante os ossos dos mortos e diante alguns trapos; se seus fakirs estabeleceram um tribunal que condena a expiar nas chamas àqueles que duvidaram um momento de algumas das opiniões dos fakirs; se um tal povo existe,nòs derramamos làgrimas sobre ele.Nòs somos informados que agora vàrias nações adotaram um culto mais razoàvel, que elas dirigem suas homenagens ao Deus suprêmo,sem adorar a jumenta Borak que levou Mahomet ao terceiro céu; que esses povos comem ousadamente porco e "anguilles", sem acreditar que eles ofendem o Criador. Nòs os exortamos a aperfeiçoar cada vez mais a pureza de seu culto.
Nòs sabemos que nossos inimigos gritam, hà séculos que é preciso enganar o povo;mais nòs acreditamos que o povo mais baixo é capaz de conhecer a verdade.Porque os mesmos homens a quem nòs não podemos enganar dizendo que um sequin vale dois, acreditariam que o deus sammonocodam cortou uma floresta inteira brincando com uma arraia ?
Seria tão difìcil de acostumar os "bachas" e os carvoeiros, os sultães e os lenhadores, que são todos igualmente homens, a se contentar de acreditar em um Deus infinito,eterno, justo,misericordioso,recompensando além do mérito, e punindo severamente o vìcio sem coléra e sem tirania ?
Qual seria o homem que a razão possa se revoltar quando lhe recomendamos a adoração do Ser suprêmo, o amor ao pròximo e à justiça ?
Que incentivo terìamos a mais à virtude,quando nos degolaremos para saber se a mãe do deus Fo deu a luz pela orelha ou pelo nariz ?.Seremos dessa maneira um pai melhor,um filho melhor, um cidadão melhor?
As relìquias do urinol do dalai-lama são distribuìdas ao povo do Thibet ; elas são engastadas no marfim;as santas mulheres as usam no pescoço:não poderìamos,com toda força,ser agradàveis a Deus atravéis uma vida pura,sem se enfeitar com esses belos ornamentos,que finalmente são estrangeiros à moral ?
Nòs não pretendemos de maneira alguma ofender os lamas, os bonzes,os talapoints,os derviches,que Deus nos livre;mas nòs pensamos que se nòs fizessemos carvoeiros,tecedores de lã,pedreiros,carpinteiros,eles seriam bem mais ùteis ao genero humano:pois nòs temos uma necessidade contìnua de bons operàrios,e não temos uma necessidade tão grande de ter uma multiplicidade inùmera de lamas e de fakirs.
Orem a Deus por eles e por nòs.
Feito a Constantinople, no 10 da lua de sheval,ano de l'Hégire 1215 (sheval é o nome do décimo mês do ano mahometano.O ano 1215 de l'Hégire começou dia 25 de maio de 1800.Voltaire não ignorava a concordância dos dois calendàrios,pois ele a escreveu no seu livro da Història de Charles XII".
- Voltaire - Textos sur l'Orient - 1. L'Empire Ottoman e le Monde Arabe

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Membros da CTNBio testemunham 'contaminação transgênica' em Brasília



Ativistas do Greenpeace alertam para o perigo de se contaminar a biodiversidade de milho brasileira com a liberação comercial de variedades geneticamente modificadas. Relatório lançado na capital federal traz 10 anos de contaminação de diversas espécies no mundo. Os membros da CTNBio tiveram nesta quarta-feira, em Brasília, uma pequena mostra do que pode acontecer com nossas plantações de milho em caso de uma contaminação genética da espécie no país.Do café-da-manhã no hotel ao início da reunião que teriam na Agência Nacional das Águas para discutir cinco pedidos de liberação comercial de milho transgênico no Brasil, os membros da CTNBio tiveram a incômoda companhia de dezenas de 'milhos geneticamente modificados' - nossos ativistas devidamente caracterizados.A ação que contou com 60 ativistas do Greenpeace começou às 7h30, no restaurante do Hotel Alvorada, onde os membros da CTNBio estavam hospedados. Ao descerem de seus quartos para o restaurante, encontraram 'milhos transgênicos' tomando café, lendo jornais nos sofás e circulando pelo saguão de entrada do hotel.Um carro de som foi usado para passar, repetidamente, a mensagem do Greenpeace e de todos que pedem mais precaução e estudos sobre os impactos negativos da liberação de organismos geneticamente modificados na natureza.Uma das integrantes da CTNBio se exaltou com a presença de tantos 'milhos transgênicos' e bradou em alto e bom som porque considerava inútil o protesto do Greenpeace."Já está tudo decidido. Vocês não vão mudar nada."Relatório mostra 10 anos de contaminações pelo mundo A 'contaminação transgênica' se alastrou pelas ruas da cidade, no trajeto que a van dos membros da CTNBio fez do hotel até o local da reunião. A cada sinal fechado ou tráfego mais intenso, a van era cercada por inúmeros 'milhos transgênicos' que circulavam com cartazes pedindo a não aprovação das variedades geneticamente modificadas.Ao chegar na Agência Nacional das Águas, por volta das 9 horas (horário marcado para o início da reunião), os ocupantes da van receberam cópias do relatório Registros de Contaminação Transgênica - 2006, que traz informações sobre os 10 anos de problemas causados em todo o mundo por essa tecnologia.De 1996 até hoje, foram documentados 142 casos de contaminação em diversos países, 35% deles referentes a variedades de milho geneticamente modificados. O relatório será lançado internacionalmente, em parceria com a rede GeneWatch, do Reino Unido, na próxima segunda-feira, dia 19 de fevereiro.“O fato é que a biotecnologia está completamente fora de controle. Nem as empresas e nem os governos estão preparados para colocar em prática medidas que garantam a biossegurança do país. Os membros da CTNBio não podem fechar os olhos para as evidências contidas nesse relatório, assim como não podem ignorar os mais de 70% dos brasileiros que não querem comer transgênicos”, disse Gabriela.“O que aconteceu hoje em Brasília é uma representação fiel do que pode acontecer com o Brasil todo caso o milho transgênico seja liberado”, alertou Gabriela Vuolo, coordenadora de campanha de engenharia genética do Greenpeace Brasil. “A contaminação genética no caso do milho é muito grave, e uma vez aprovada, a variedade transgênica pode aparecer nos locais mais inesperados e indesejados possíveis. O milho geneticamente modificado é um ser vivo e será impossível controlar sua dispersão”.Desde o dia 6 de fevereiro, o Greenpeace disponibilizou em seu site ciberação, no qual os internautas podem enviar uma mensagem aos 54 cientistas da CTNBio (27 titulares e 27 suplentes), pedindo para que não aprovem as variedades transgênicas e exigindo o direito de consumir alimentos saudáveis. Além disso, voluntários de sete capitais brasileiras realizaram atividades nos últimos dias, exigindo biossegurança e levando informações sobre a CTNBio para as populações de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Manaus, Brasília e Salvador.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Amazônia Para Sempre

Durante as gravações da minissérie "Amazônia" artistas tiveram contato com a dura realidade de nossa floresta. Constataram o efetivo desflorestamento que a Amazônia vem sofrendo. Sensibilizados com isto, resolveram criar um manifesto em prol da Floresta.“...Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê: "A Floresta Amazônica brasileira é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro das condições que assegurem preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais"...”Leia e assine o manifesto no site : www.amazoniaparasempre.com.br

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Thomas Hobbes - Direito natural e legitimidade da autoridade

"Seria incongruente de descrever Thomas Hobbes (1588 - 1679) como um filòsofo liberal.È pourtanto na sua obra principal, le "Leviathan",que paradoxalmente, nasce a doutrina dos direitos individuais inalienàveis.Teorico da soberania absoluta, Hobbes pensa em um mesmo movimento os direitos em que não é concebìvel a um homem de se despojar e que nenhum poder tanto quanto vasto ele seja,não poderia jamais apagar.O liberalismo não teria se constituìdo sem esse fundamento filosòfico.A democracia encontra nesse fundamento um de seus maiores pontos de apoio.
[...]Em 1640,quando começa a primeira revolução inglesa,Hobbes exila-se na França.Ele volta em 1651 em uma Inglaterra que tornou-se repùblica.Ele falece em 1679,nove anos apenas antes da "Gloriosa Revolução" que farà passar a Inglaterra em uma nova era constitucional.

[...] Estado de natureza e Combate.

O projeto de Hobbes parte de uma antropologia que demonstra que as paixões humanas, guiadas pela preucupação de si-mesmo,são causas de conflito perpétuos.A hipòtese de um estado de natureza no qual não existiria nenhum poder reconhecido lhe permite de reconstituir a emergencia da sociedade : o direito que os indivìduos podem reivindicar sobre todas as coisas engenha a desconfiança mùtua; a razão os incita a antecipar as agressões atravéis um ataque contra ele;a "meia igualdade" de forças que existe entre eles assegura a perpetuidade dessa condição de guerra de todos contra todos.O ùnico meio de escapar a essa situação é de passar um contrato no qual cada um renunciarà a seu direito a tudo e avalisarà antecipadamente os atos de uma instância soberana - homem ou assembleia - E que a missão serà de garantir a paz.
Desse contrato nasce a sociedade civil.Esta não é natural ao homem que, contrariamente ao que tinha afirmado Aristote,não é nesse caso uma criatura social.Artifìcio racional,ele responde a um calculo de avantagens.
Sua existência é indissociàvel da existência do soberano de quem é logicamente necessàrio que ele tenha todo poder para cumprir sua função pacificadora.
Mas essa instauração contratual da autoridade, que implica uma renunciação a nossa liberdade natural um assentimento antecipado aos atos do soberano,não pode significar o abandono dos direitos ligados a nossa condição de homem.Alienar, por escolha ou pela força, nosso direito a defender nossa vida e os meios de preserva-la de maneira a realisar nossa idéia da felicidade seria contrària a nossa natureza e ao fim para o qual nòs aceitamos as disciplinas da sociedade.Uma tal decisão deveria ser considerada como nula.O desejo de segurança nos leva à submissão e fixa ao mesmo tempo o limite do que o poder polìltico pode nos impor.Hobbes desenha assim o horizonte da democracia liberal."
- F.L. - Le Point - France - 2007

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

" O fim que visa a submissão, é a proteção "

" Cada vez que um homem transmite seu direito ou renuncia a ele,é ou em consideração de algum direito que lhe é reciprocamente transmitido,ou é por causa de algum outro bem que ele espera por esse motivo.È com efeito um ato voluntàrio, e o objeto dos atos voluntàrios de cada homem é algum bem para ele-mesmo.È por essa razão que existem certos direitos, que são tão importantes que nòs não podemos conceber que nenhum homem os tenha abandonado ou transmitido atravéis de alguma palavra, seja ela qual for, ou por outros sinais.Assim, para começar, um homem não pode se desfazer do direito de resistir àqueles que o atacam de força viva para lhe tirar a vida: pois nòs não saberìamos conceber que ele visa dessa maneira algum bem para ele-mesmo.Nòs podemos falar da mesma maneira, das feridas,das correntes e do encarceramento,porque não existem avantagens consecutivas ao fato de sofrer essas coisas ( como existem no fato de sofrer quando o outro é ferido ou encarcerado),e porque não é possìvel de dizer, quando vocês vêem pessoas utilizarem a violência contra vocês, se elas procuram a morte de vocês ou não.
Enfim, o motivo e o fim que dão lugares ao fato de renunciar a um direito e de o transmiti-lo, nada mais é do que a segurança do arrendador,tanto para o que é relativo a sua vida,quanto para os meios de conserva-la dentro das condições que não a tornariam penosas para suporta-la.
Por essa razão, se um homem, atravéis a palavra ou outros sinais,parece despojar-se do fim para o qual esses sinais são destinados, nòs não devemos compreender como se fosse bom o que ele quis dizer,e que esta foi a sua vontade, mais concluir que ele ignorava como essas palavras e essas ações deveriam ser interpretadas.
[...] Uma convenção que estipula que devemos nos acusar a nòs-mesmos,sem ser assegurados de uma isenção de pena, é igualmente invàlida.Com efeito,no estado natural, onde cada um é juiz, a acusação não està em seu lugar; e no estado civil, a acusação é seguida de um castigo; ora, o castigo sendo uma violência, ninguém é obrigado de não resistir a ele.A mesma coisa também é verdadeira quando a acusação é relativa àqueles de quem a condenação vos mergulharia no desespero: um pai, uma esposa, um bemfeitor.
Com efeito,se a testemunha de um tal acusador não é trazida espontaneamente,nòs devemos presumir que sua pròpria natureza é na realidade um testemunho corrompido:Então, ele não deve ser aceito. E quando o testemunho de um homem não deve ser aceito, ele não é obrigado de o dar.Da mesma maneira, as acusações proferidas sob a tortura não devem ser aceitas como testemunho. Com efeito, a tortura sò deve ser empregada que como um instrumento de conjetura, uma luz para a investigação ulterior e a procura da verdade;o que é confessado nesse caso leva ao alìvio daquele que torturamos, e não à informação dos torturadores; é por essa razão que esse testemunho não deve ser aceito como suficiente:que nòs nos liberemos na realidade por uma verdadeira ou falsa acusação, é em virtude de preservar nossa pròpria vida que nòs o fazemos."

- Thomas Hobbes - Leviathan ( 1661), Cap. XIV, Trad.F. Tricaud, Sirey, 1971 -

" A obrigação que os sùditos tem perante o soberano é reputada durar "muito tempo" - quer dizer - o tempo que o poder que lhe foi confiado e perante o qual ele se revela apto para proteger seus sùditos.Com efeito, o direito que os homens tem, pela pròpria natureza, de se proteger, quando nenhuma outra pessoa pode faze-lo, é um direito que não podemos abandonar por nenhuma convenção.A soberania é a alma da Repùblica : uma vez separada do corpo,essa alma cessa de imprimir seu movimento aos membros. O fim que visa a submissão, é a proteção: essa proteção,qualquer que seja o lugar onde os homens a vêem residir,que seja na sua pròpria espada ou na espada do outro, é em direção dela que a natureza conduz sua submissão, é em direção dela, pela pròpria natureza, que os homens se esforçam de a fazer durar."

- Idem - Cap.XXI -

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Manifesto Contra a anistia de José Dirceu

Assine o Manifesto CONTRA a anistia de José DirceuO ex-deputado, ex-ministro, coordenador de todo o esquema de corrupção que manchou a imagem do Congresso Nacional e da Presidência da República (mensalão, valerioduto etc.), está trabalhando avidamente para obter sua anistia (perdão).José Dirceu já começou a coletar as assinaturas necessárias para fazer um projeto de lei de iniciativa popular em favor do perdão da pena de inelegibilidade que lhe foi aplicada pelo Congresso Nacional. Ele não está poupando esforços para que esse projeto saia do papel. Está mobilizando recursos que nós não temos, mas que ele tem, saídos sabe-se muito bem de onde.Mas nós podemos impedir que José Dirceu seja anistiado com a simples força de nosso brado. Se José Dirceu precisa de um milhão de assinaturas, nós lhe daremos DOIS milhões. Só que CONTRÁRIAS ao seu projeto hediondo.Assine a petição, deixe seu comentário e DIVULGUE O QUANTO PUDER! Vamos coletar DOIS MILHÕES de assinaturas!PETIÇÃO >http://www.gopetition.com/online/11104.htmlComunidade no Orkuthttp://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=27345267Arquivo Excel com os dados do seu deputado > http://www2.camara.gov.br/internet/deputados/arquivo

Lula diz que meio ambiente será tema de conversa com Bush

Da Agência Brasil

12/02/2007
09h20
-O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar nesta segunda-feira, no programa Café com presidente, medidas dos países ricos para a preservação do meio ambiente e redução da emissão de gás carbônico. Segundo ele, o assunto será tema de conversa com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, durante visita que o norte-americano fará ao Brasil, em março.
"Vamos conversar. Esse é um dos assuntos que vamos conversar com o presidente Bush", disse Lula, que também pretende levar a discussão para a reunião do G-8, em julho na Alemanha.

“O que nós queremos é, além de preservar as nossas matas, que é obrigação nossa para melhorar a garantia de vida do nosso povo, explorar floresta da forma mais civilizada possível com o manejo correto da floresta e, ao mesmo tempo, fazer uma forte cobrança para que os países ricos diminuam a emissão de gás carbônico.”

O presidente citou estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que revela o desmatamento no mundo. De acordo com essa pesquisa, Europa teria hoje apenas 0,3% da mata que tinha há oito mil anos. A América do Norte, 32% Já o Brasil teria 69% das florestas que tinha há oito mil anos.

“O Brasil tem autoridade moral e política para exigir que os países ricos, em vez de ficarem produzindo protocolos que depois não assinam, cumpram com a sua obrigação de despoluir o planeta. Nós faremos a nossa parte, agora, é preciso que eles façam a deles.”

fonte: CorreiWeb - Correio Braziliense

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Poema para João

Por João Batista do Lago

Para ele a vida era apenas um começo!
Tudo era descoberta. Tudo.
Mas a algoz violência calou João.
João está mudo!
Antes mesmo do deserto da vida calaram João.
Mataram João.
Agora João, a esperança, está mudo.
Agora tudo está mudo.

O calvário de João
Tomado de assalto pelo ladrão, que
Sem qualquer perdão
Arrastou o corpo de João pela
Cidade Maravilhosa,
Começou no semáforo,
Anticorpo das artérias da cidade...
Da cidade de João.

Chicoteado pelo asfalto,
Arrastado pelo sonho do consumo,
João desfilava sua dor
Entre os gritos das gentes:
- Párem... párem... párem,
Pelo amor de Deus, párem!
Mas Deus não estava ali
Para salvar o pequeno João.

Golias venceu Davi!
Agora João está mudo, e
Não está mais aqui, e
Não terá mais o Rio para
Batizar a Vida, e
Não terá mais o mundo – este deserto
-,Para deblaterar contra
A insensatez da miséria.
Quanta pilhéria nos
Revela o calvário do pequeno João!
João está mudo,
Mas se instala em cada coração
Para dizer a toda gente:
- prestem atenção senhores dono do mundo,
Eles não têm razão, e vós, que razões querem ter?
Escutai, escutai com coragem a voz do Ser.

Ah, João não está mudo!
João agora é cada um... é cada ser.
E cada João não quer esquecer
Que em cada ser há um “bom” ladrão...
Ladrões de joões e josés, de marias e madalenas
Que revelam em suas cantilenas
O sofrimento da hora, da agonia de agora,
Mas logo em seguida esquecem a Maria que chora.

João não está mudo!
Está plantado no alto do morro,
De braços abertos, está
Gritando ao mundo, está
Pedindo socorro, está
A toda gente, a todo crente,
E aos donos do mundo, está
Dizendo: menos riqueza... dai conta da miséria e da pobreza.

John Milton e a liberdade de publicar

" Certamente, eu concedo que é da mais alta importância para a Igreja e o Estado de manter um olhar vigilante na conduta dos Livros e dos homens; em seguida, se eles forem malfeitores, de prende-los,de encarcera-los, de submete-los a mais severa justiça; pois os Livros não são de maneira alguma coisas absolutamente mortas: neles estão uma potencia de vida tão prolìfera quanto a alma de onde eles são oriundos;que digo, eles conservam como em um frasco o extrato mais puro e toda eficàcia dessa inteligencia viva que lhes deu nascimento.Eu os sei tão vivos,tão poderosamente fecundos que os dentes do Dragão da fàbula:em um campo assim tão semeado talvez jorre guerreiros armados.Todavia devemos tambem reflechir que se operamos sem circunspecção, estão seria,quase matar um Homem que matar um bom Livro;quem mata um Homem mata uma criatura de razão a imagem de Deus;mais aquele que destròi um bom Livro mata a razão ela-mesma,mata a Imagem e como o olhar de Deus.Mais de um homem vive que é apenas um fardo para a terra;mas um bom Livro é o sangue vital de um espìrito superior,tesouro precioso embalsamado e guardado a desenho,em vista de uma vida que depassa a vida.È verdade que nenhuma idade pode ressuscitar uma vida,o que talvez não seja uma grande perda;da mesma maneira o curso das idades encontra raramente uma verdade repelida e em seguida perdida:mas a essa carência corresponde a ruìna de Nações inteiras.Então sejamos circunspectos, reflechindo a persecução desencadeada por nòs contra as obras vivas dos homens da cidade,a essa destruição de uma vida humana,amadurecida,em seguida conservada e acumulada nos Livros:pois nòs vemos bem que podemos dessa maneira nos tornar culpados de uma sorte de homicìdio,as vezes mesmo de martìrio, - e se isso estende-se a impressão inteira,podemos falar de massacre:crime que não se limita ao aniquilamento de uma vida vegetativa,mais atinge a quintessência espiritual, o sopro de vida da pròpria razão:é ser assassino da imortalidade,e não um simples assassino. [...]Em consequência,eu acredito que Deus, no dia em que ele liberou de toda restrição o alimento dos corpos (sempre com essa reserva das regras da temperança),deixou tambem e como antes o regime e a alimentação de nosso espìrito ao nosso livre arbìtrio:pois é aì que todo homem feito poderà vir exercer sua faculdade diretiva.[...]Se toda ação boa ou mà na nossa idade moderna devesse ser racionada,ordenada,contrariada,a virtude seria outra coisa que um tìtulo? Qual louvação mereceria então nossa boa conduta,qual vontade nòs teriamos de ser sòbrios,justos ou castos? Numerosos são aqueles que censuram a divina Providência de ter tolerado a transgressão de Adão:conversas insensatas! Quando Deus lhe deu a razão,ele lhe deu a liberdade de escolha;pois razão é escolha;senão ele sò teria sido um Adão artificial como nòs vemos nas marionetes.[...]Que avantagem teria o adulto sobre o estudante,se nòs sò escapamos a autoridade magistral que para recair sob a batuta de um "Imprimatur "? Se as profundas, as obras perfeitas,rebaixadas ao nìvel de uma còpia escolar submissa ao olho do Mestre,sò devem se exprimir que sob o contrôle açodado de um censor,tão prudente para ele de que ele é apressado para nòs? O homem a quem nòs recusamos crédito em suas pròprias ações,quando não sabemos nele nenhuma tendência mà, e pronto a afrontar a lei e suas repreensões,não tem motivo de acreditar-se obrigado,ao paìs de seu nascimento, por outro que um tolo ou que um estrangeiro.[...] Todo ser tendo que reflechir sabe que nossa fé e nosso conhecimento,da mesma maneira que nossos membros e nossa constituição,se fortificam com o exercìcio.A Escritura compara a Verdade a uma fonte jorrando;se a vaga de suas àguas não avançam sem cessar,estas degeneram em um charco lamacento de conformismo e de tradição."

- John Milton - Areopagitica, Pela liberdade de imprimir sem autorização nem censura ( 1644 ),Trad.O.Lutand,Aubier,1956 -

- Le Point - France - Jan,fev. 2007 -

" A admiração que em todas as épocas os defensores da liberdade de expressão tiveram pela Areopagitica de John Milton ( 1608 - 1674 ), o uso que eles fizeram adaptando esse texto ou o traduzindo,sublinham sua duràvel pertinencia no debate sobre os perigos e os malefìcios da censura.Fruto de circunstâncias que parecem longìquas - a revolução inglesa dos anos 1640 - ,expressão de um pensamento profundamente marcado pelas preucupações religiosas,esse texto constitue uma defesa inigualàvel a favor da liberdade de publicar.Sem dùvida sua força vem da elevação do pensamento,que não poderia surpreender no autor do "Paraìso perdido".[...] Nada pode garantir que os censores serão capazes de distinguir os livros perigosos dos livros ùteis, aqueles que favorizarão o bom uso de nossa razão e do livre arbìtrio.Querer controlar os pensamentos, é recusar aos homens o crédito de inteligencia do qual eles tem direito, impedir os debates pùblicos que permitem a verdade de triunfar,tirar toda autoridade as obras pùblicas.È arrogar-se um poder salvador que sò pertence ao Criador.Os pensadores liberais não acrescentarão nada de essencial a essa defesa."

- Franck Lessay,Autor de "Soberania e Legitimidade " - Hobbes ( PUF,1988) -

Le Point - France - jan,fev,2007 -

Deus e a Ciência

Muitas vezes no decorrer dos séculos, a ciência acreditou que ela sabia tudo. Que ela tinha compreendido o universo, a matéria, a energia, a vida, o homem. E o que ela sabia apagou de maneira radical e espetacular a mensagem das grandes religiões, as contrucões mitològicas, os textos das grandes tradições ou crenças esòtéricas.Em algumas décadas, a terra parou de ser o centro do mundo, o homem deixou de ser o objetivo essencial da Criação, e Deus, " sentindo-se cada vez mais isolado, pelo menos, àquele que o homem acredita".Muitas coisas aconteceram até chegarmos ao século xx: A fisica nuclear e seus segredos, a mecanica quântica e suas incertezas, enfim a relatividade e suas ambiguidades, "desnortearam", a religião positivista e o Deus racionalidade.A ciência começou a duvidar dela mesma. Os cientistas dividiram-se em duas categorias. Os primeiros, seguindo Einstein, maravilhados que o universo seja inteligente e que o "acaso" se organise sempre seguindo uma complexidade crescente. Alguns deles acabaram acreditando que do big-bang à teoria do caos tudo indicava que uma potência desconhecida, uma "ùltima realidade", como disse o prêmio Nobel Christian de Duve, possa constituir a resposta à nossas interrogações sobre o verdadeiro sentido da vida.A outra categoria dos cientistas negaram radicalmente esse retorno do "finalismo" aristoteliciano e o triunfo do grande determinismo.Ela foi contra a toda convergencia entre a ciência e a fé.Ela lembrou os fracassos das tentativas para provar a existencia de Deus atraveis a complexidade do ser humano ou atraveis a expanção do universo. Ela lembrou tambem o imenso campo de descobertas no dominio do "infinitamente grande, e do infinitamente pequeno".Ela invocou a existencia possìvel de vàrios universos e a certeza que nossos milhares de neuronios ainda não são suficientemente numerosos para compreender o que nos escapa.Bem mais que os cientistas, os cidadões do mundo se interrogam? Que ciencia é esta capaz de nos trazer imensos progressos, mas tambem Hiroshima, as manipulações geneticas duvidosas, e as tentativas de clonage humano ? Que "cientistas" são esses, fascinados pelo iracional?Os devaneios do novo século, a mundialisação inegalitària,o individualismo triunfante, a violencia mistico-religiosa, a sedução do fundamentalismo e a angustia existencial não abrem caminhos aos integristas mais loucos?Amigos, gostaria de debater com vocês sobre esse assunto.Tirei esse artigo da revista, " Le Nouvel Observateur", uma das revistas mais lidas aqui na França.

As Grandes Interrogações
Quem somos nois?
De onde viemos?
De onde veio o universo?

A essas eternas interrogações, as religiões deram respostas que ainda não foram provadas, mas capazes de acalmar as angustias existenciais.Explicando o cosmos, a matéria, a vida e o homem, a ciencia deu respostas racionais que nos levam a outras interrogações.Podemos acabar nossa ansiedade metafisica?Agora que a ciencia compreendeu e demonstrou "Quando" e "Como" foi criado o universo, a ciência està perdida entre as interrogações metafisicas do "Antes" e do Porquê"?
Uma Chance para Deus?

" Arno Penzias e Robert Wilson, dois engenheiros dos laboràtorios Bell de Wolmdel, New Jersey, trabalhavam sobre uma antena de radio destinada a receber os sinais de Telstar, o primeiro satelite de telecomunicações. Penzias e Wilson queriam utilisar a antena para detectar uma "emissão" vinda do "halo" de nossa galàxia. No lugar do sinal previsto, eles captaram uma radiação desconhecida, que apresentava a propriedade insòlita de ser identica em todas as direções, como se ela viesse de todos os lugares ao mesmo tempo !
Ninguem nunca tinha visto uma coisa igual, ( 1965).Foi um verdadeiro quebra cabeça para os dois engenheiros entederem o que se passava, até eles saberem que uma equipe da prestigiosa Universidade de Princeton, pertinho de Holmdel, procurava justamente o que eles encontraram por acaso : Uma radiação cosmica "isotrope", quer dizer, de igual densidade em todas as direções.Segundo Robert Dicke e James Peebles, os astrofisicos de Princeton, essa radiação era o rastro de um passado longìquo, onde o Universo teria sido uma "bola de fogo primordial" incrivelmente quente !Foi uma imensa descoberta cientifica, apois um século e meio de pesquisas cosmològicas.Se a teoria cientifica explicava que o mundo nasceu de uma singularidade initial, ela não dizia nada do que tinha acontecido " Antes" do Big-Bang.Como explicou o astrofisico Hubert Reeves, " a ciencia não pode responder a essa pergunta, mas, é a pròpria ciencia que desperta essa pergunta".( Hubert Reeves, in "Sciences et Symboles", Albin Michel- France- Culture, Paris, 1986).Claro, um cientista sério dirà que a pergunta foi mal formulada : O Tempo começou com o Big-Bang; não tem razão de se perguntar o que existia "Antes", pois "Antes", não existia.Muitos intelectuais ou pessoas simplesmente curiosas, não se contentam dessa explicação. O que causa um dos debates mais vertiginosos da nossa época : primeiro, a ciencia tomou o lugar da religião para responder as eternas interrogações sobre a origem do mundo; em segundo lugar, ela fracassou, pois ela està longe de poder tudo explicar. Então vem ao meu espirito a pergunta angustiada : o que fazer Doutor ?
Deus sabia que se tratava de um falso problema, pelo menos por duas razões: primeiro, muitas religiões não respondem a pergunta sobre a origem de todas as coisas, e muitos povos tradicionais nunca se preucuparam dessa pergunta.
Os mitos de Kwaio das ilhas Salomon não procuram explicar o começo de tudo, mas "falam de um mundo onde os seres humanos davam grandes festas, criavam porcos, cultivavam o Taro e faziam batalhas sanguinàrias", exatamente como fazem hoje.( Roger Keesing citado por pascal Boyer no livro" E o homem criou os deuses", Robert lafont, 2001, réedité en Folio Essais).Além disso, mesmo as culturas mais preocupadas pela origem do mundo, propoem soluções muito variadas e diferentes da solução proposta pelo monoteismo Judeo-Chrétien", à savoir, O Grande Arquiteto cosmico do Antigo Testamento. Na cosmogonia da India, o tempo é ciclico, o Universo se cria quando Brahma abre os olhos e se destroi quando ele os fecha. Para os chineses, o Universo nasceu de um ovo cosmico, como na cosmogonia "de la Haute-Egypte". Mais a terra dos faraons propõe mais 2 versões:segundo a versão de héliopolis, de um oceano primordial saiu Rê, o Sol, que deu origem ao casal, Shou( o sêco), e Tefnou, ( o ùmido), deles nasceram o céu e a terra; na cosmogonia de Menphis, Ptah, " le demiurge", sai do oceano primordial para criar o homem.Para os gregos, pelo menos para Hesiode, tudo começa com o Caos, de onde surgem Gaia, a Terra, Eros, o Desejo,Erebe, as Trevas, e Nyx, a Noite. Os aborigenes da Australia falam de "Tjukurpa", um "Tempo de sonho" em que ancestrais sobrenaturais como o serpente Arco-Iris e os Homens-Relampagos criam o mundo...
Bref, a suposta crise metafìsica provocada pela teoria do Big-Bang não tem nada de universal.Ela é o resultado(no essencial), da falta de conhecimento dos jornalistas e do publico ocidental da sua pròpria cultura religiosa Judeo-Chrétienne. O que não impede a esses mesmos jornalistas de procurarem resolver um problema criado artificialmente por eles.
O que se traduziu nos anos 1980 em improvaveis e confusas tentativas de aproximar " Ciencia e Consciencia", o segundo termo sendo identificado, sem nenhuma razão lògica, à consciencia religiosa.No começo do terceiro milenàrio desenvolveu-se uma estratégia jornalistica contra a ciencia, discreditando e desmoralisando a teoria do Big-Bang. No mesmo momento os fìsicos da Universidade de Chicago anunciaram que eles tinham detectado pela primeira vez a polarisação da radiação fossile, esse resultado previsto desde os anos 1968, verificado em 2003 e 2004, foi uma confirmação espetacular das ideias de um modelo" cosmologico standard". ( Science, 27 setembro e 15 nov. 2002, 8 de outubro e 29 de outubro 2004). Na pràtica, ele permitia de descobrir uma imagem do Universo jovem e extraordinariamente nìtida do que as imagens de antes.
Enquanto os metafìsicos de domingo enterravam o Big-Bang, e que as multidões corriam para novas Igrejas sem Grande Arquiteto, os cientistas traziam do mais profundo do Cosmos, fotos do Universo bêbê,( esqueci como se escreve bb, me perdoem , sic !)Deus pensou que sua Criação estava finalmente forte e sadia. E ele achou isso muito bom".

- Michel De Pracontal - Le Nouvel Observateur- France -

Filòsofos Gregos

Pythagore570- 480 av.J.C

Matematico e filòsofo, fundador de uma escola segundo a qual, a essencia da realidade reside nas relações numéricas, o que resume a formula(apocryphe"):" Os numeros são todas as coisas

Platão427- 347 av.J.C

Filòsofo Grego, discipulo de Socrates, fundador de uma academia que influenciou profundamente o pensamento ocidental."Foi apois ter colocado o Intelecto na alma e a Alma no Corpo que Deus fabricou o Mundo para fazer uma obra que fosse por natureza a mais bela e a melhor"

Aristote384-322 av.J.C

Filòsofo Grego, aluno de Platão, autor de uma teoria do Universo onde os astros estão organisados em esferas concentricas, girando em torno da terra imòvel e esférica.Deus està além da oitava esfera, a Agua, o Ar, a Terra e o Fogo são a base de tudo.

Das Partìculas Às Galàxias

As Incertezas da Matéria

" Mesmo se ela esclareceu os princìpios constitutivos da matéria e da energia, a ciência fìsica permanece afastada entre duas explicações do mundo, a da mecanica quântica e a da relatividade. Um bulevar para Deus?
Quando pensamos, é realmente simples:para imaginar o conceito do àtomo - o Ùltimo grão constitutivo da matéria, reputada insecàvel - os filòsofos gregos ( Leucippe, Démocrite, Epicure), sò tiveram que raciocinar com um pouco de lògica e bom sentido( a tése filòsofica do materialista excessivo Karl Marx, formulada em 1841, tinha por tìtulo: "As diferenças na filosofia da natureza entre Democrite e Epicure". Mas isso é uma outra història...).
Não é preciso microscòpio ou acelerador de partìculas.Bastava atacar-se a célebre aporia de Zénon. A divisão de uma quantidade qualquer de matéria em quantidades sempre mìnimas, se ela não tem nenhum limite, sò poderia levar ao "nada". Contudo a matéria, de toda evidência, não significa nada.Ela é visìvel, ela tem peso, ela ocupa o espaço. Finalmente, ela é formada de muitas entidades minusculas incassàveis, ligadas entre elas por "ganchos" mais ou menos resistentes...e separadas pelo vazio. Vamos chamar esses "ganchos de ligação", "ligações quìmicas".Para completar, nos casos de reações nucleares, os grandes àtomos podem ser separados em àtomos menores.E tambem cada partìcula da matéria é feita de energia condensada. Então os antigos àtomos de Démocrite são perfeitamente conforme as definições e as experiencias provaveis da ciência moderna. Pourtanto, antes de reaparecer timidamente com a fìsica e a quìmica do século XIX, eles foram submetidos a um eclipse de dois milenàrios. Assim,do XVII ao fim do XIX século, as edições sucessivas do Dicionàrio da Academia consideraram arcàicas as teorias de Démocrite e Epicure, que haviam pretendido " que os corpos se formavam atraveis o encontro casual dos àtomos"
.A academia concedeu à essa teoria uma significação metafòrica, os àtomos sendo por exemplo " essas poeirasminusculas que vemos voanos raios de sol".Poderiamos concluir que a ciência perdeu muito tempo por razões que nos parecem hoje, muito futeis.
Na realidade,apesar de Zénon, os incontornàveis Platão e Aristote, de acordo pelo menos nisso, recusaram essa ideia de matéria discontìnua.Para eles, a matéria era contìnua e formada das diferentes combinações dos quatro elementos - a àgua, o ar, a terra e o fogo. No ocidente, a Igreja apropriou-se dessa concepção. Como a natureza, ela tinha horror do vazio. Deus tendo criado a matéria a partir do nada, essa matéria não podia conter o nada.Mas a Igeja tambem tinha horror que tocassemos em Aristote, em seu finalismo, em sua comoda hierarquisação dos seres vivos.Enfim, a teoria atomista chocava-se ao dogma da eucaristia: o pão e o vinho constituìdos de àtomos e de vazio...E a transsubstanciação ? o que acontecia quando eles transformavam-se no verdadeiro corpo e no verdadeiro sangue do Cristo, sem mudar de aparência?Apoiando-se em documentos inéditos, Pietro Redondi, historiador Italiano, afirmou que o verdadeiro motivo da condenação de Galilée, residia na sua adesão declarada à teoria atomista, e acessoriamente na refutação de Aristote na sua teoria da queda dos corpos.Pois a Igreja, perante a reforma reafirmou intransigentemente o dogma da transsubstanciação, uma das principais causas de discòrdia com os protestantes.Não era o momento de complicar as coisas com essas estòrias ridìculas de àtomo ìmpio. Nem mesmo de debater em publico durante um processo.Então Galilée fois discreditado por um falso pretexto,essa "estòria" da Terra girando em torno do sol,que ele não inventou, mais emprestou à Copernic.
Apesar de tudo a teoria atomica acabou triunfando - para o melhor e para o pior- administrando de maneira tumultuada a prova da sua verdade. Doravante definitivamente repertoriados e classificados, os àtomos não são todos incassàveis, mas eles constituem com certeza a totalidade da matéria observàvel. A Terra e as estrelas, a matéria inerte e a matéria viva, tambem as hòstias, antes e depois da consagração. O pròprio corpo humano, até o cerebro, é integralmente formado de agrupamentos moleculares desses grãos padronisados, ( àtomos). Grãos sem alma emprestados durante o tempo de uma vida em um quadro de Mendeleive. Nossa dignidade não sofre com essa verdade, muito pelo contràrio, pois, como explicou o astrofìsico Hubert Reeves, agora nois fomos promovidos a categoria de " Poeira das estrelas" -
" Muito poético, observação pessoal minha" -
.Aristote não tinha razão, e Démocrite sim, a um ponto, que ele mesmo nunca poderia ter imaginado: não somente os àtomos são separados pelo vazio, mas eles são constituìdos de vazio - tendo um nùcleo que concentra a quase totalidade da massa deles, ( cem milésimos do volume deles). Eles continuam sendo uma fonte inesgotàvel de surpresas, mesmo se conhecemos a estrutura deles e as leis do agrupamento de partìculas que os formam. Pourtanto, no essencial- e mesmo si as religiões não impedem mais o entendimento dessa verdade - , os cientistas ainda não sabem o que é verdadeiramente a matéria, nem quais são as partìculas e sub-partìculas que as constituem. Eles ignoram a natureza dos àtomos, e onde situa-se, os 90% mais ou menos... de " matéria negra" ou "massa escondida" que està faltando para explicar os movimentos observados nas estrelas e nas galàxias. Sobretudo a fìsica que sofre de estar dividida entre duas descricões do mundo: a da mecanica quântica e a da relatividade de Einstein - a primeira funcionando admiralvemente no degrau dos àtomos e das partìculas, a segunda, não menos admiralvemente, no degrau dos astros, mas com leis inconciliaveis que aguardam a famosa "grande unificação"( ler o pròximo artigo)Temos que confessar, as coisas eram mais simples sem os àtomos, nos velhos tempos dos quatro elementos de Aristote".

Fabien Gruhien - Le Nouvel Observateur - France

Deus , os dados, e o "boson de Higgs"

" Todo mundo conhece o célebre jugamento de Einstein : "Deus não joga dados". Essa citação deve sempre ser colocada no seu contexto : O grande Albert não queria afirmar a sua fé em Deus, ( si bem que...), mas, de maneira mais exata, ele queria afirmar o seu desacordo categòrico e definitivo com a mecanica quântica, exatamente no momento em que ela foi formulada. A mecanica quântica implica a noção do acaso nos processos atomicos, e a incerteza probalista impenetràvel quando se trata de obter informações precisas sobre alguma partìcula observada, que é de uma certa maneira dotada de uma certa margem de fantasia individual. Mas, a mecanica quântica - até agora inconciliàvel com a Relatividade, continua ainda sendo o grande drama da fìsica - principalmente com o seu "tempo imutàvel", completamente provado, verificado, operacional no degrau das partìculas. Exatamente como a Relatividade é no degrau do cosmos, tendo esta ao contràrio, um "tempo elàstico".
È certamente lamentàvel de costatar com o fìsico francês Marc Lachiéze-Rey, que na espera de uma hipotética Unificação, se confrontem dessa maneira "duas visões opostas, em dois contextos geométricos incompatìveis".Afinal, Einstein não teve razão de disqualificar a mecanica quântica, e pelo menos, em um determinado domìnio, Deus joga verdadeiramente com os dados...Um pouco mais recentemente, uma outra irupção inesperada de Deus no domìnio da fìsica disse respeito ao "boson de Higgs", aliàs, "partìcula de Deus", segundo a expressão do Americano Leon lederman, prêmio Nobel, descobridor do neutrino.
No fim dos anos 1960, o Escossais Peter Higgs postulou de maneira teorica, a existência de uma partìcula material fundamental jamais observada até agora. Esse famoso boson permitiria de realisar o grande sonho dos fìsicos: A Unificação das quatro forças da natureza, a fraca, a forte,a gravitacional e a electromagnética.Ela explicaria as "porções de simetria", aparecidas nas condições extremas do big-bang, que separou essas forças dando às suas massas respectivas

as diferentes partìculas. E ela permitiria de compreender o que é a "matéria negra", massa ausente invisìvel que constitue 90% do universo.
Bref, esse boson harmonisador revolucionaria nossa compreensão do universo, dando-lhe uma maravilhosa, uma harmoniosa coerência.Para encontra-lo, é preciso recriar mais ou menos a profusão das energias furiosas que marcaram o big-bang. Esta serà a missão do futuro Large Haden Collider ( LHC), em construção no Cern, perto de Genéve.
Encontro marcado para 2007 com a "partìcula de Deus" ?

F.G - Le Nouvel Observateur - France -

Aristarque De Samos310 - 230 av J.C

Astronomo grego, precursor de Copernic, o primeiro a afirmar que a Terra gira em torno dela mesmo e em torno do Sol, hipòtese exposta em um livro conhecido somente atraveis uma alusão de Archiméde.

Claude Ptolémée100- 170

Astronomo, matematico, e geogràfo grego, autor de "Almageste", obra de referência para a astronomia até a época de Copernic." Sou apenas um mortal, eu sei que nasci por um dia, mas quando observo as filas apertadas das estrelas na sua corrida circular, meus peis não tocam mais a terra...

Saint Augustin354 - 430

Teològo romano da Africa, nascido em Tegaste, (Algéria atual), filòsofo, doutor da Igreja romana." A tentação, essa doença curiosa que nos força a descobrir os segredos da natureza..."