terça-feira, 11 de março de 2008

Benjamin Franklin



(Boston, 17 de Janeiro de 1706 - Filadélfia, 17 de Abril de 1790) foi um jornalista, editor, autor, filantropo, abolicionista, funcionário público, cientista, diplomata e inventor americano, que foi também um dos líderes da Revolução Americana, e é muito conhecido pelas suas muitas citações e pelas experiências com a electricidade. Um homem religioso (calvinista), ele é ao mesmo tempo uma figura representativa do Iluminismo. Ele trocava correspondência com membros da sociedade lunar e foi eleito membro de Royal Society. Em 1771, Franklin tornou-se o primeiro Postmaster General (Ministro dos Correios) dos Estados Unidos da América.

Nasceu em Milk Street, Boston. O seu pai, Josiah Franklin, era comerciante de velas de cera, e casou duas vezes. Benjamin foi o mais novo de 17 crianças nascidas dos dois casamentos. Deixou os estudos aos dez anos de idade e com 12 anos começou a trabalhar como aprendiz do seu irmão, James, um impressor que publicava um jornal chamado “New England Courant”.

Ele tornou-se um contribuidor desta publicação e foi por algum tempo o seu editor nominal. Os irmãos tiveram uma discussão e Benjamin fugiu, indo primeiro a Nova Iorque e depois a Filadélfia, aonde chegou em Outubro de 1723. Em breve encontrou trabalho como impressor, mas após alguns meses, ele foi convencido pelo governador Keith a ir para Londres, onde, desiludido das promessas de Keith, voltou a trabalhar como compositor tipográfico numa impressora, até que um mercador chamado Thomas Denham o fizesse regressar a Filadélfia, dando-lhe uma posição na sua empresa.

Com a morte de Denham, Franklin regressou à sua profissão original e em breve montou uma tipografia onde ele publicou a “Gazeta da Pennsylvania”, na qual publicou muitos artigos e que se tornou um meio de agitação para uma variedade de reformas locais. A sua inteligência, combinada com uma habilidade para criar uma imagem positiva de um jovem laborioso e intelectual, deram-lhe uma grande dose de respeito social.

Em 1732 ele começou a publicar o famoso Almanaque do Pobre Ricardo (Poor Richard’s Almanac), no qual se baseia uma boa parte da sua reputação popular nos EUA. Provérbios deste almanaque tais como “um tostão poupado é um tostão ganhado”, são hoje muito conhecidos, mesmo em todo o mundo.

Franklin e muitos outros membros da associação filosófica juntaram os seus recursos em 1731 e iniciaram a primeira biblioteca pública de Filadélfia. Fundaram para esse fim uma empresa, que encomendou os seus primeiros livros em 1732, na sua maioria livros de teologia e educacionais, mas em 1741 a biblioteca também incluía obras de história, de geografia, de poesia e de ciência. Os sucessos desta empreitada encorajaram a abertura de bibliotecas em outras cidades americanas e Franklin sentiu que este iluminismo fazia parte da luta das colónias na defesa dos seus interesses.

Assuntos públicos e estudos científicos

Em 1758, o ano em que ele deixou de escrever para o almanaque, imprimiu “O sermão do pai Abraão”, hoje considerado como o texto mais famoso da literatura produzida na América dos tempos coloniais.

Entretanto, Franklin estava preocupado cada vez mais com os assuntos públicos. Ele planeava criar uma academia, um projecto que acabou mais tarde por ser reelaborado, tendo dado origem à Universidade da Pennsylvania. Fundou a sociedade filosófica americana com o fim de fomentar a comunicação das descobertas entre os homens da ciência. Ele já tinha começado a pesquisa da electricidade, que o iria ocupar, juntamente com outros temas científicos, até ao fim da sua vida (juntamente com a política e com os negócios).

Em 1748 ele vendeu o seu negócio por forma a poder ter mais tempo livre para os estudos, agora que tinha adquirido uma riqueza notável. Num espaço de poucos anos ele fez descobertas sobre a electricidade que lhe trouxeram uma reputação internacional. Franklin identificou as cargas positivas e negativas e demonstrou que os trovões são um fenómeno de natureza eléctrica.

Franklin tornou esta teoria inesquecível através da experiência extremamente perigosa de fazer voar um papagaio durante a trovoada, em 5 de junho de 1752. Tem sido questionado recentemente se Franklin efectuou esta esperiência ou não. A questão permanece controversa.

Franklin, nos seus escritos, demonstra que estava consciente dos perigos e dos modos alternativos de demonstrar que o trovão era eléctrico. Se Franklin fez a experiência, ele não a fez da forma descrita (ela teria sido fatal).

As invenções de Franklin incluíram o pára-raios, o aquecedor de Franklin - franklin stove (um aquecedor a lenha que se tornou muito popular, debitando uma corrente de ar directamente na área a aquecer) e as lentes bifocais.

Ele foi um dos cientistas mais conhecidos do século XVIII. Como reconhecimento pelo seu trabalho com a electricidade, Franklin foi eleito membro da Royal Society e recebeu a medalha Copley em 1753. No sistema CGS de unidades, a carga eléctrica recebeu o seu nome: 1 Franklin (Fr), que é igual a 3,3356 x 10 -10 Coulombs ou 1 statcolombo.

Franklin estabeleceu duas áreas de estudo importantes das ciências naturais: electricidade e meteorologia. Na sua obra clássica ” A história das teorias da electricidade e do Éter”, Sir Edmund Whittaker (pag.46) refere-se à inferência de Franklin de que quando se esfrega uma substância não se cria nenhuma carga eléctrica mas esta é apenas transferida, de modo que “a quantidade total em qualquer sistema isolado é invariável”. Esta asserção é conhecida como o “princípio da conservação da carga”.

Como tipógrafo e editor de jornais, Franklin freqüentava os mercados dos agricultores para angariar notícias. Um dia, Franklin notou que a notícia que dava conta de uma tormenta num lugar distante da Pennsylvania deverá ser a mesma tormenta que visitou Filadélfia em dias recentes. Foi o impulso que o levou à noção de que algumas tormentas se deslocam, o que levou aos mapas sinópticos da metereologia dinâmica, substituindo a dependência única pelos gráficos da climatologia.

Em 1751, Franklin e o Dr. Thomas Bond obtiveram o alvará da legislatura da Pennsylvania para estabelecer um hospital. O hospital da Pennsylvania seria o primeiro hospital a ser criado naquela nação nascente que se chamará Estados Unidos da América.

Na política, ele provou ser um hábil administrador e também uma figura controversa. O seu bom registro como administrador é manchado pelo uso pessoal da sua influência no avanço dos seus familiares. O seu mais notável serviço à política doméstica consistiu na reforma do sistema postal. Mas ganhou fama especialmente como estadista, com os seus serviços diplomáticos e na ligação das colônias com a Grã-Bretanha e mais tarde com a França. Também esteve envolvido na criação do primeiro corpo de bombeiros voluntários dos EUA, a primeira biblioteca pública gratuita e muitos outros empreendimentos cívicos.

Em 1754 ele liderou a delegação da Pennsylvania ao congresso de Albany. Este encontro de várias colônias tinha sido requerido pela associação comercial (Board of Trade) inglesa para melhorar as relações com os índios na defesa perante os franceses. Franklin propôs um amplo plano de união para as colônias. Apesar do plano não ter sido adoptado, elementos dele encontraram posteriormente lugar nos artigos da confederação e da Constituição Americana.

Em 1757 ele foi enviado a Inglaterra para protestar contra a influência da família Penn no governo da Pensilvânia, e por 5 anos ele permaneceu ali, tentando esclarecer e iluminar o ministério do Reino Unido quanto à situação das colônias. Também assegurou um posto para o seu filho ilegítimo, William Franklin, como governador colonial de Nova Jersey.

Um comentário:

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