sábado, 31 de janeiro de 2009

Phoenix

Faz o que tu queres há de ser o todo da Lei.

Ir.: Frater Magister

“ABRAHADABRA Ele toca o sino Onze vezes Agora começo a Orar: Vós, Criança Sacro e imaculado é vosso nome Vosso reino é vindo, Vossa vontade foi feita Aqui está o Pão, Aqui está o SangueTrazei-me através da meia-noite ao Sol Livrai-me do Bem e do Mal!” - Fragmento da Missa da Phoenix de Aleister Crowley

Olhai as coisas da vida do ponto de vista do Sol – disse Crowley ao seu discípulo. Essa identificação com o Astro Rei nos fará ser a fonte de luz, que brilha, aquece e abrasa os corações, tornando o verdadeiro sentido do Amor, num amor puro e desinteressado, o Amor de ágape.

Tal concepção só é conseguida pela depuração interior, no momento que o Iniciado morre para o mundo mundano e assim como a lenda da Phoenix que após uma existência secular com o acúmulo de sabedoria, inflama-se para ressurgir de suas próprias cinzas.

Este é um aspecto elementar na maioria das escolas de pensamento. Aprendi por todos esses anos de estudo do Oculto, que devemos ser sempre originalmente abertos para abraçar o infinito, e a cada passo dado fomentarmos a pesquisa e finalmente partirmos para a prática pura. Essa experiência pessoal é que nos faz deslumbrarmos a possibilidade de crescimento interior. Ora, imaginem dois artistas pintores contemplando uma mesma paisagem, esboçando e pintando um quadro artístico sobre ela, ao final da obra, veremos duas concepções que representam em síntese a mesma coisa, só que com formas diferentes de serem vislumbradas. É isso que nos faz sermos de fato estrelas com órbitas diferentes, pequenos universos ou microcosmos, cada um com sua diretriz, mesmo que alinhados num só objetivo e fundamento, o crescimento interior. Entretanto o sentido de crescimento só poderá ser atingido, quando compreendemos o sentido de liberdade.

Quando libertamos nossos sentidos da teia ilusória do plano físico. Este é um trajeto para a verdadeira busca de nossa vontade Interior. A Magia da vida está em aprendermos com todos os Ordálias de crescimento e de conhecimento que a vida nos impõe.

Certa vez numa palestra disse que aspectos da vida diária se mesclam sempre com os caminhos Iniciáticos, pois a própria aventura da vida é o maior aprendizado do ser humano. Neste aspecto é importante ser dito que aqueles que seguem seus próprios instintos e inspirações, seguem a sua vontade num trajeto original de compromisso consigo mesmo.

O incentivo a idiossincrasia gera um sentido amplo mais apropriado para o crescimento pois não limita a ação particular do pensamento.

A somatória das experiências que todos passam de suas próprias percepções de suas linhas de ação e pensamento trazem o crescimento para todos.

Na A.:A.: (Astrum Argentum) escola de pensamento criada por Crowley, a introspecção direta do Aspirante em seu sistema filosófico, gerará as introspecções mágickas que engendrarão entendimentos plenos e profundos de muitos aspectos do cotidiano, por uma simples análise dos planos da existência, através do sentir pleno com suas forças e energias, e principalmente pelo respeito a todas as formas de existência.

Com isso, o desvendar desses véus ou neblinas que encobrem a mente, é que geram a originalidade de novos pontos de vista para muitos aspectos da vida, ou seja, é um incentivo pleno a criatividade.

Como Templário reivindico o direito do homem criar o seu próprio templo dentro de si; como Thelemita reivindico o direito inalienável do homem seguir a sua vontade, sua e de nenhum outro; como Universalista reivindico o direito do ser humano de compreender abertamente todos os mistérios que envolvem a sua criação com total consonância com o Universo; como Rosacruz reivindico finalmente a Liberdade plena para a dedicação e a realização da Grande Obra.

Tais reivindicações nada representam para os escravos dos sentidos. Agora, nós estamos nos aproximando do centésimo ano do Aeon de Hórus, isso nos faz meditar sobre a grande diversificação e variedade de pensamentos que surgiram nesse período, mas ao mesmo tempo perceber claramente a grande massa de ceticismo, vítimas em sua maioria das influências de uma outra grande massa subversiva do pensamento humano representado por uma infinidade de seitas sem fundamento ou por outras vezes dogmatizadas ao extremo.

Surpreendem-nos a incapacidade de tais céticos e escravos incapazes de buscar uma compreensão para os ensinamentos daqueles verdadeiros mestres que muitas vezes entregaram-se de corpo e alma para trazer a liberdade plena aos sentidos humanos. A humanidade pouco mudou apesar da meditação desses mais diversos mestres que passaram por aqui deixando suas marcas e ensinamentos. Se somos críticos de alguns deles, deveríamos antes ter a capacidade de mudar algo em nós mesmos.

A humanidade, agora mais uma vez encontrar-se a beira de um novo conflito, é fácil compreender que nada poderá ser mudado se continuarmos a fazer as mesmas coisas que fazemos todos os dias, se não mudarmos nossas atitudes, se não revermos nossos valores, e formas de enxergar o mundo.

Quando se defronta com estes aspectos, existe sempre o medo da pessoa no que tal mudança possa representar ou prejudicar em sua vida. Assim só me resta proclamar e incentivar através da escrita, a pesquisa e introspecção inovativa, que com certeza faria muitos adicionar a nossa causa um material mais novo, mais emocionante, num mundo esplêndido e magnífico da pesquisa iniciática.

Uma introspecção ou conceito podem eventualmente conduzir à equação de um ou mais pontos da vista, apesar de que quando o resultado dessa tal introspecção é revelado a outrem o resultado quase sempre é uma mescla de surpresa e às vezes confusão.

Assim poderia dizer que meu ponto pessoal de vista vem da fidelidade a meus juramentos, minhas aspirações e a minha vontade inflamada para mais e mais buscar a realização plena de meus ideais rumo a Grande Obra. A metodologia para a introspecção deverá ser sempre a Ciência e a experimentação. Amor é a lei. Amor sobre vontade.

sábado, 3 de janeiro de 2009

MAIS DO QUE SIMPLES VEGETARIANISMO

"Comer é o mais universal de todos os rituais humanos. Em qualquer parte do mundo, planejam-se as refeições de acordo com o que é disponível, saboroso, nutritivo, econômico ou apenas porque é fácil de preparar.

Porém, o Bhagavad-gita enfatiza outra consideração - " somos o que comemos ". Ele explica as diversas modalidades de alimentos e como o consumo desses alimentos produz diferentes resultados físicos, psicológicos e espirituais.

Produtos lácteos, cereais, frutas e vegetais aumentam a duração de vida e proporcionam força, saúde, felicidade e satisfação. Carne, peixe e aves são descritos como "alimentos pútridos, decompostos e sujos."

Numerosos estudos científicos provam que o consumo de carne de animais pode ser muitíssimo perigoso para a sua saúde. Ao estudarmos a disciplina Química por exemplo em Termo-química onde se analisam os alimentos, é comprovado que um pedaço de carne demora em média 48 horas para fazer a digestação no organismo, até lá ele realmente apodrece dentro do estômago e neste processo liberam-se substâncias altamente nocivas. Uma pessoa carnívora acaba armazenando no seu organismo substâncias que poderão desencadear uma doença séria como um cancêr no estômago ou intestino.

Também já foi comprovado que os animais pressentem que irão morrer, isto gera uma descarga de adrenalina no seu organismo, a qual contamina automaticamente toda a carne do animal.

Além disso, por envolver a matança de animais inocentes, o consumo de carne levanta sérias questões éticas e psicológicas, pois ao matar os animais para a obtenção de alimento, o homem deixa de ter compaixão para com as criaturas vivas que são como ele mesmo, tornando-se cruel.

Nossa posição no mundo é singular, porque como seres humanos podemos compreender a existência de um supremo criador e proprietário que provê o sustento para todas as formas de vida.

Ao entendermos quanto somos dependentes de Deus para nos alimentarmos, podemos expressar nossa compreensão e gratidão oferecendo ao Senhor o alimento antes de o comer, sendo este ato um componente vital para a auto-realização.

Ao tirarmos a vida de qualquer entidade viva, ficamos sujeitos a uma reação do karma, a lei sutil de ação e reação. Mas Krishna, Deus nos liberta desta reação ao aceitar os alimentos vegetarianos oferecidos a Ele com amor e devoção.

Os membros da Iskcon combinam com grande habilidade ingredientes como arroz, verduras, queijo, iogurte, frutas ,nozes e temperos naturais para criar pratos nutritivos e saborosos, estando livre de karma, este alimento espiritualizado (prasadam) é delicioso e gratificante."


Anadi Devi Dasi no Krishna-Katha http://br.groups.yahoo.com/group/krishna-katha/ http://harekrishna.org.br/modules/smartsection/item.php?itemid=12

DA MORALIDADE À ESPIRITUALIDADE

Não faltam notícias falando sobre corrupção, nepotismo ou infidelidade. Os políticos dizem, “Uma educação ética e moral é a solução”. Mas a maior parte das pessoas já não têm o errado como certo? Eu diria que sim. Elas acham que vão se dar melhor na vida se não seguirem códigos morais. E exortações por parte dos moralistas, ou legislações por parte dos políticos, não parecem inspirar essas pessoas a pensarem diferente.

Viver sob princípios morais é como seguir as leis de trânsito para se ter uma viagem segura e tranqüila. Não se viaja, todavia, com o propósito de se seguir as leis, mas com o propósito de alcançar um destino. Se uma pessoa que está viajando sente que as leis de trânsito atrapalham-no a alcançar seu destino, ela talvez quebre essas leis se acredita que pode ficar impune.

Assim como as leis de trânsito, princípios morais promovem ordem, especialmente no âmbito das relações sociais. Mas a educação moderna não nos ensina sobre o objetivo das transações sociais ou sobre o objetivo da vida em si. Assim, as pessoas talvez sigam valores morais motivadas pela cultura ou tradição, mas abandonam estes valores quando seduzidas por algo ou quando as circunstâncias não forem muito favoráveis. Ainda pior, para se obter as incessantemente glorificadas metas da sociedade moderna de consumo – fama, riqueza, luxo, poder, prazer, prestígio – encoraja-se, e às vezes até mesmo se exige, um comportamento imoral. O Bhagavad-gita (16.8-15) explica que uma visão de mundo baseado no materialismo conduz a pessoa à luxúria insaciável e à cobiça, que, por sua vez, conduzem à execução de atos corruptos. Sendo constantemente bombardeadas com os valores materialistas, as pessoas talvez sintam que, se forem morais, perderão muito e não ganharão nada tangível. Além do mais, nossa educação sem valores religiosos não nos dá nenhum conhecimento acerca de qualquer lei superior a do homem. E a incapacidade de reformação de nosso sistema penal também é bem famosa. O resultado? A moralidade parece ser totalmente dispensável, especialmente para os espertos e poderosos. Em tal contexto, como podemos esperar que um simples conselho inspire as pessoas a serem morais?



Amor: A Base da Moralidade

“Moralidade significa falta de oportunidade”. Este ditado americano expressa bem a abordagem utilitária da moralidade. Os textos Védicos da antiga Índia afirmam que moralidade sem espiritualidade é algo infundado e, portanto, impermanente. Se nós realmente aspiramos por moralidade em nossa sociedade, precisamos introduzir uma educação sistemática centrada em uma meta de vida positiva. Os textos Védicos nos informam de uma meta de vida espiritual que é universal e não-sectária: desenvolver amor puro por Deus. Somos todos seres espirituais destinados a desfrutar de nossa eterna relação amorosa com o supremo ser espiritual todo-atrativo, Deus. Sendo espirituais por natureza, não podemos encontrar verdadeira felicidade em aquisições materiais, mas unicamente em nosso inato amor por Deus. Quanto mais amamos Deus, mais felizes nos tornamos.

O amor por Deus tem por conseqüência o amor por todas as entidades vivas, sendo essas nossos irmãos e irmãs na grande família universal de Deus. Quando realmente amarmos todos os seres, não iremos querer explorá-los ou manipulá-los para a satisfação de nossos desejos egoístas. Ao contrário, nosso amor por Deus irá nos inspirar a nos amarmos e a nos servirmos mutuamente: criando uma cultura de amor e confiança, que traz o comportamento moral consigo. Já a cultura moderna de alienação e desconfiança, em grande contraste, traz a imoralidade consigo.

Práticas espirituais genuínas, mesmo nos primeiros dias de prática, despertam nosso inato sistema de valores. Nós intuitivamente realizamos que Deus é nosso maior bem-querente. Por conseqüência, de forma voluntária e amorosa, escolhemos seguir os princípios morais da vida espiritual, como sugeridos por Deus, sabendo que são o melhor para nós. E à medida que redescobrimos a felicidade de se amar a Deus, tornamo-nos livres da luxúria, da cobiça e das motivações egoístas. Já não mais achamos faltar algo porque somos morais. A moralidade deixa de ser a escolha “difícil mas necessária”, e passa a ser a escolha fácil e natural no nosso caminho de amadurecimento espiritual.



Não se Trata de uma Utopia

Alguns talvez digam, “Isso soa muito bonito, mas não é científico, é utópico”. Em outras palavras, vivemos em uma era em que apenas a visão de mundo prática e científica é considerada lógica e aceitável. Mas seria a visão de mundo Védica realmente ilógica e impraticável?

Nós temos sempre que lembrar que a ciência nunca provou a não-existência de Deus ou da alma; mesmo que muitos cientistas escolham a reducionista abordagem do universo como algo destituído de qualquer realidade espiritual. Mas de uma forma um tanto impressionante, mesmo dentro dessa priori reducionista, alguns cientistas aceitam que há fortes evidências que sugerem a existência de um criador supra-inteligente (Deus) e uma fonte de consciência não-material dentro do corpo (alma).

O amor por Deus só pode parecer utópico até o momento em que não conhecemos a coerente filosofia que traça o caminho para sua aquisição. Através de práticas espirituais genuínas, como orações, meditação e o cantar dos nomes de Deus, qualquer um pode experimentar um grande crescimento espiritual. Uma vez que tenhamos experimentado amor imortal, realizaremos que o amor é definitivamente a meta última da vida.



Moral Superior

Alguém que conheça alguns episódios da vida de Krsna e de Seus devotos talvez levante a objeção: “Mas o próprio Krsna, algumas vezes, age de forma imoral. E igualmente agem seus devotos. Como é possível que a adoração a um Deus imoral ajude-nos a nos tornamos morais?”.

Para entender isso, precisamos, primeiramente, tecer algumas considerações acerca do propósito último de todos os valores morais. Estamos perdidos na escuridão da ignorância do mundo material, sem saber o que devemos fazer e o que não devemos fazer. Como um archote, os valores morais iluminam nosso caminho. Eles nos protegem de nos perdermos pelo caminho, e nos mantêm na direção de nosso objetivo maior – amar a Krsna e retornar a Ele. Mas Krsna é a fonte de toda a moralidade, assim como o sol é a fonte de toda a luz. Porque Ele é plenamente auto-satisfeito, Ele age unicamente por amor a nós, sem nenhuma mácula de egoísmo. Ele age ou para reciprocar nosso amor ou para ajudar-nos a não nos desviarmos de nosso caminho religioso. Ele não precisa de códigos morais porque não tem sequer o menor vestígio de desejos egoístas. Somos nós quem precisamos de códigos morais, exatamente porque estamos cheios de desejos egoístas. Mas se nos tornamos orgulhosos de nossa moralidade e tentamos examinar Krsna a partir dela, isso é como tentar iluminar o sol usando uma tocha. Isto não só é tolice, mas também perda de tempo.

Quando o sol nasce por seu próprio arranjo, sua refulgência revela toda a sua glória. Similarmente, quando Krsna decide se revelar espontaneamente, podemos entender como são imaculadas Suas glórias e moral. Até lá, o melhor a fazermos é seguirmos escrupulosamente os códigos morais para darmos prazer a Ele, até que, estando satisfeito, Ele se revele a nós. E devemos, também, tomar cuidado para não nos tornarmos orgulhosos de nosso comportamento adequado.

Se aceitarmos a posição de Krsna como o Senhor Supremo, podemos entender um pouco sobre como Suas atividade são morais. Krsna, por exemplo, rouba manteiga das casas das vaqueiras de Vrndavana. Mas como se pode considerá-lO um ladrão quando foi Ele quem criou tudo e portanto é o proprietário de tudo? Ele assume o papel de uma criança para reciprocar o amor maternal de Seus devotos. Seus furtos, executados como a diversão de uma criança travessa, aumentam o apego e afeto de Seus devotos amorosos. Como isso pode ser comparado aos nossos furtos, que têm por conseqüência o sofrimento, a dor e a punição?

De forma similar, Krsna aceita o papel de um belo jovem para reciprocar o amor dos devotos que anseiam por uma relação conjugal com Ele. Seu amor pelas gopis, as jovens vaqueirinhas, não é baseado na beleza de seus corpos, mas na devoção de seus corações. Algumas pessoas alegam que os passatempos de Krsna com as gopis são como as relações luxuriosas entre garotos e garotas comuns. Mas, então, por que grandes santos que renunciaram completamente o amor sexual deste mundo, aceitando-o como insípido e grosseiro, iriam adorar os passatempos de Krsna com as gopis. Mesmo hoje, milhares de pessoas ao redor de todo o mundo estão se livrando dos desejos luxuriosos por cantarem os nomes de Krsna e por adorá-lO. Se Krsna fosse controlado pela luxúria, como seria possível para Ele livrar Seus devotos da mesma?

Na batalha contra os Kauravas, Krsna insta os Pandavas a agirem imoralmente. Mas isso é como uma autoridade instar um policial a exceder o limite de velocidade para que ele prenda bandidos que estão dirigindo acima do limite de velocidade. O policial está (aparentemente) infringindo a lei para servir ao verdadeiro objetivo da lei. Similarmente, os Pandavas quebram valores morais para servirem ao objetivo superior de Krsna: estabelecer leis morais tirando os imorais Kauravas do poder.

Em circunstâncias excepcionais, os devotos de Krsna talvez tenham que agir de forma aparentemente imoral para cumprirem seu dever, que visa o benefício último de todas as entidades vivas. Mas, de forma geral, os devotos seguem códigos morais como uma oferenda devocional a Krsna. De fato, sem devoção, nós não teríamos a força interior necessária para manter por toda a vida os valores morais que aceitamos.

Nós temos que ser cautelosos ao tentarmos entender as ações de Krsna, que estão acima da moralidade. De outra forma, nós podemos entendê-lO errado e rejeitar Seu amor, condenando-nos, assim, a ficarmos longe da verdadeira moral e a sofrermos as reações karmicas provenientes de nossas compreensões equivocadas.

Se queremos ser morais de forma constante, exortações vazias e uma legislação ineficaz não bastam. Enquanto se incentivar às pessoas a conquistarem metas materiais, elas verão a moralidade como algo imprático ou até mesmo indesejável. Apenas quando tomarem o amor por Deus como a meta da vida é que a moralidade se tornará desejável e coerente. Portanto, em um nível sociológico, temos que introduzir a prática e a educação espiritual genuína, que conduzirá as pessoas ao amor por Deus e a objetivos interiores. E, em um nível individual, reconhecer a base espiritual da moralidade é algo muito motivador. Essa consciência permite-nos agir livre da necessidade de aprovação de outros, da apatia ou da indignação por ser o único a agir corretamente. Em um tecido cancerígeno, uma célula saudável pode ativar o processo de cura das demais. Similarmente, quando o câncer da imoralidade aflige a sociedade moderna, cada um de nós pode, por conduzir sua própria vida de forma espiritual e íntegra, ativar o processo de cura da sociedade.

Por Chaitanya Charana Dasa

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