segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

OS DESASTRES SOCIALISTAS

Em teoria, o socialismo é uma maravilha. É o sonho de todas as pessoas que sonham com um mundo com fraternidade, igualdade, liberdade, sem violência. O direito de propriedade é abolido para os indivíduos e entregue aos governantes, que vão usar patrioticamente do poder imenso que lhes é colocado nas mãos exclusivamente para o bem da população. No entanto, no mundo real, como foi a trajetória do socialismo, desde que ele foi apresentado como substituto angelical do absolutismo?
Inicialmente, como já comentamos, as viúvas do absolutismo pregavam o socialismo utópico, prometendo o céu na terra, como Robert Owen, Saint Simon e Charles Fourier. Havia também os anarquistas, como Proudhon, Bakunin, Kropotkin, que queriam acabar com qualquer governo. Depois vieram os socialistas furiosos e sanguinários, os comunistas, liderados por Karl Marx, rompendo com os valores morais tradicionais iluministas e pregando a violência para a tomada pelo poder, e o genocídio, para mantê-lo.
Como vimos, só no século XX, em 1917, foi instalado o primeiro regime socialista, da variante comunista, na Rússia.
Qual foi o resultado desta primeira experiência socialista em grande escala? Depois da tomada do poder, pela violência, foi instalada a ditadura do proletariado?
Resposta: Não! Não foi instalada a ditadura do proletariado e sim a tirania de ativistas e intelectuais bolchevistas dispostos a ir às últimas conseqüências a fim de impor um reinado de terror e se manter no poder. Os proletariados foram reduzidos à escravidão e à miséria, e milhões deles foram enviados para campos de trabalhos forçados (gulags), a maior parte no inferno gelado na Sibéria, com temperaturas que podem chegar a 60 graus abaixo de zero. Os comunistas desejavam desesperadamente acompanhar o desenvolvimento industrial e a prosperidade econômica dos países capitalistas.
E o tal estado celestial de comunismo perfeito, sem governo, sem luta de classes, sem exploração do homem pelo homem? O governo desapareceu, depois de 73 da tirania mais cruel, conforme profecia de Marx? Aconteceu? Também não! Ao contrário. Em todos os países comunistas instalou-se um estado policial repressivo, truculento, prepotente, arrogante, com controle total da vida dos cidadãos, com restrição absoluta da liberdade e punição severa, até com a morte, por crimes de opinião.
Em vez de sociedade igualitária, implantou-se um regime de castas, em que os membros do partido gozavam de incontáveis privilégios, desde lugares especiais nos transportes coletivos até lojas especiais e casas de campo (dachas) na margem do Mar Cáspio. Na luta pelo poder, e no esforço para implantar, contra a vontade da população, o regime coletivista, cerca de sessenta milhões de pessoas foram torturadas e mortas com requintes de crueldade inimagináveis (em tempo de paz), além de vinte e sete milhões de vítimas na Segunda Guerra Mundial.
A experiência socialista na Rússia foi uma catástrofe pior que as mais pessimistas previsões e resultou ainda mais furioso expansionismo imperialista de toda a história. Em poucas décadas dominou metade do mundo e teria conquistado todas as nações, não fora a heróica e pertinaz resistência imposta pelos Estados Unidos, em quase todas as frentes.
O socialismo, na prática, desperta nos homens seus piores instintos, resultado da concentração de poder nas mãos de um líder que, como os reis absolutistas, comportam-se como semideuses, até com direito de vida e morte sobre seus súditos.
A segunda experiência socialista, o Fascismo, de Benito Mussolini, foi outra tragédia, e só acabou em 1943 quando a população enfurecida linchou o ditador, pendurando-o de cabeça para baixo em praça pública.
A terceira experiência socialista, o Nazismo, foi ainda pior, atingindo seu clímax na pior confrontação armada de todos os tempos, com a morte de mais de cinqüenta milhões de pessoas, outro tanto de feridos e a destruição física da Europa.
Curioso é que a pompa perdida das monarquias absolutistas voltou, com uma fisionomia monumental moderna, nas obras faraônicas de Mussolini (para restabelecer a glória do Império Romano, segundo dizia); nas concentrações de milhões de soldados nazistas com suas bandeiras altaneiras com a suástica e o passo de ganso, para ouvir o berreiro tonitruante do semideus Hitler; nas paradas militares soviéticas em Moscou, com exibição de tanques, aviões e ogivas nucleares (muitas delas feitas de madeira compensada) e os desfiles gigantescos de bandeiras e dragões de papel da China comunista.
A quarta experiência socialista, na China, embora parecesse impossível, foi ainda pior. O açougueiro Mao Tsé-tung, sozinho, matou mais gente que toda a Segunda Guerra Mundial, embora em tempo de paz—cerca de sessenta e cinco milhões de chineses, seus compatriotas (apesar disto é adorado por milhões de comunistas no mundo inteiro), e levou a China à ruína, da qual se restabelece,como sempre, recorrendo ao capitalismo.
Houve outras experiências socialistas, todas elas de triste memória: No Camboja o líder comunista Pol Pot, que também fez uma “revolução cultural”, chacinou quase metade da população à procura do comunista perfeito. Não encontrou o comunista perfeito, mas conseguiu fazer uma riquíssima coleção de crânios.
Em cuba o socialismo arrasou o País. Dezessete mil foram fuzilados no “paredón”, sob ordens de Fidel Castro. Cuba sobreviveu muitos anos graças a esmolas soviéticas, antes da implosão do império vermelho. Hoje sobrevive com a renda de turistas estrangeiros e dólares enviados por cerca de um terço da população, que fugiu para a Flórida.
Outras tragédias socialistas envolveram muitos países que estão trilhando o árduo caminho de volta para o capitalismo, como alemanha oriental, hungria, república tcheca, eslováquia, romênia, bulgária, albânia, e muitos outros.
Apesar de todas estas terríveis experiências socialistas, ainda existem no mundo muitos desvairados que acreditam que o comunismo, que colheu tantos fracassos, poderá dar certo no Brasil. Logo no Brasil, onde nem a democracia deu certo, degenerando-se em cleptocracia!
Fonte: As Trincheiras do Iluminismo – Dr. Huascar Terra do Valle

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