por João Luiz Mauad
"OS IDEAIS DE LIBERDADE REQUEREM UM COMPROMISSO CULTURAL. O IMPORTANTE É DESENVOLVER ARGUMENTOS QUE COMBINEM A BELEZA DOUTRINÁRIA COM TÁTICAS DE GUERRILHA INTELECTUAL".
"A construção de uma sociedade livre, muito mais do que uma aventura intelectual, é uma obra de coragem. Nós precisamos de líderes intelectuais que estejam preparados para resistir às adulações do poder e que estejam dispostos a trabalhar por um ideal, ainda que pequenas sejam as perspectivas de sua rápida realização. Esses homens devem estar preparados para defender princípios e para lutar por sua integral realização, mesmo que ela pareça remota...".
(F. Von Hayek)
Muitos me questionam pelo fato de um liberal, defensor das idéias de gente que enxerga o interesse individual e não o altruísmo coletivo platônico, como força propulsora do desenvolvimento das sociedades, sujeita-se a trabalhar, horas a fio, sem qualquer remuneração, escrevendo artigos semanais para o Mídia Sem Máscara e bimensais para O Globo. Pois bem, acho que a melhor palavra para definir isto ainda é "ideologia".
Murray Rothbard disse, certa vez, que "o verdadeiro liberal não é aquele que se contenta em reconhecer o liberalismo como o melhor sistema social; ele não pode descansar até que este sistema, este conjunto de princípios, tenha triunfado".
Não tenho dúvidas de que a minha geração herdou da geração dos meus pais um Brasil pior do que aquele que eles receberam e, infelizmente, está passando para a próxima algo ainda pior. Preocupo-me com o futuro dos meus filhos e netos. Temo só de pensar nas enormes dificuldades que eles encontrarão pela frente, resultantes de uma infinidade de equívocos cometidos por seus pais e avós, seja por ações equivocadas ou simples omissão. Penso na dívida pública, na previdência social, na falência do Estado, na insegurança, na falta de infra-estrutura. Penso nas instituições arcaicas, na falta de justiça, no desrespeito pela propriedade e, acima de tudo, no aumento do poder arbitrário, com todas as conseqüências nefastas que ele acarreta, especialmente a servidão do povo.
Infelizmente, a servidão não é uma aberração na história da humanidade mas o resultado esperado do crescimento incontrolável de qualquer Estado. Se a população permanece passiva e, especialmente, mal informada, a opressão não encontra barreiras. Por outro lado, quando se defende a intolerância ao poder arbitrário e a disseminação das idéias corretas, a liberdade tende a prevalecer. Eu acredito que o trabalho mais importante em defesa da liberdade está baseado nas idéias, principalmente na propagação da cultura da liberdade.
Ronald Reagan explicou que "a liberdade nunca está a mais de uma geração da sua extinção. Nós não a transmitimos geneticamente às nossas crianças. Precisamos lutar por ela, protegê-la e conservá-la para as próximas gerações, ou passaremos à velhice contando aos nossos netos como era viver nos Estados Unidos numa época em que os homens eram livres".
Penso que uma forte resistência ideológica deve ser incentivada e que ela deve utilizar todos os meios disponíveis para se fazer ouvir. Alguém precisa disseminar essas idéias, tentar influenciar as pessoas, especialmente os jovens, afinal, conforme nos lembra Hayek, "A menos que nós possamos fazer dos fundamentos filosóficos de uma sociedade livre uma estimulante questão intelectual, bem como da sua implementação um desafio que provoque a ingenuidade e a imaginação de nossas mentes mais jovens, as perspectivas da liberdade serão realmente negras. Por outro lado, se nós pudermos recuperar a velha confiança na força das idéias, que foram o marco do liberalismo no seu esplendor, a batalha não estará perdida".
Só conseguiremos deter este monstro chamado Estado, a verdadeira negação da liberdade, se encorajarmos cada vez mais pessoas a pensar claramente, fazendo-as entender o real significado da liberdade e como ela funciona. Estamos falando aqui, portanto, de uma questão ideológica e não exatamente pragmática.
Muitos leitores escrevem para o Mídia Sem Máscara cobrando a formação de um partido político liberal no Brasil. No entanto, não creio que este seja o caminho. A mudança efetiva, aquela que deve ser buscada, é uma mudança de mentalidade, o que requer um trabalho paciente e ininterrupto no campo das idéias e da educação. Precisamos, acima de tudo, gerar argumentos bem fundamentados, claros e inequívocos.
Os ideais de liberdade requerem um compromisso cultural. O importante é desenvolver argumentos que combinem a beleza doutrinária com táticas de guerrilha intelectual. Não podemos deixar que os socialistas dominem sozinhos nas repartições públicas, nas universidades, na grande mídia. Precisamos combatê-los através da idéias, aproveitar cada espaço disponível para mostrar ao público que eles representam a servidão, ainda que disfarçada pelos pungentes ideais de "justiça social", "igualitarismo", etc., enquanto nós representamos a verdadeira liberdade.
FONTE: http://www.midiasemmascara.com.br
"OS IDEAIS DE LIBERDADE REQUEREM UM COMPROMISSO CULTURAL. O IMPORTANTE É DESENVOLVER ARGUMENTOS QUE COMBINEM A BELEZA DOUTRINÁRIA COM TÁTICAS DE GUERRILHA INTELECTUAL".
"A construção de uma sociedade livre, muito mais do que uma aventura intelectual, é uma obra de coragem. Nós precisamos de líderes intelectuais que estejam preparados para resistir às adulações do poder e que estejam dispostos a trabalhar por um ideal, ainda que pequenas sejam as perspectivas de sua rápida realização. Esses homens devem estar preparados para defender princípios e para lutar por sua integral realização, mesmo que ela pareça remota...".
(F. Von Hayek)
Muitos me questionam pelo fato de um liberal, defensor das idéias de gente que enxerga o interesse individual e não o altruísmo coletivo platônico, como força propulsora do desenvolvimento das sociedades, sujeita-se a trabalhar, horas a fio, sem qualquer remuneração, escrevendo artigos semanais para o Mídia Sem Máscara e bimensais para O Globo. Pois bem, acho que a melhor palavra para definir isto ainda é "ideologia".
Murray Rothbard disse, certa vez, que "o verdadeiro liberal não é aquele que se contenta em reconhecer o liberalismo como o melhor sistema social; ele não pode descansar até que este sistema, este conjunto de princípios, tenha triunfado".
Não tenho dúvidas de que a minha geração herdou da geração dos meus pais um Brasil pior do que aquele que eles receberam e, infelizmente, está passando para a próxima algo ainda pior. Preocupo-me com o futuro dos meus filhos e netos. Temo só de pensar nas enormes dificuldades que eles encontrarão pela frente, resultantes de uma infinidade de equívocos cometidos por seus pais e avós, seja por ações equivocadas ou simples omissão. Penso na dívida pública, na previdência social, na falência do Estado, na insegurança, na falta de infra-estrutura. Penso nas instituições arcaicas, na falta de justiça, no desrespeito pela propriedade e, acima de tudo, no aumento do poder arbitrário, com todas as conseqüências nefastas que ele acarreta, especialmente a servidão do povo.
Infelizmente, a servidão não é uma aberração na história da humanidade mas o resultado esperado do crescimento incontrolável de qualquer Estado. Se a população permanece passiva e, especialmente, mal informada, a opressão não encontra barreiras. Por outro lado, quando se defende a intolerância ao poder arbitrário e a disseminação das idéias corretas, a liberdade tende a prevalecer. Eu acredito que o trabalho mais importante em defesa da liberdade está baseado nas idéias, principalmente na propagação da cultura da liberdade.
Ronald Reagan explicou que "a liberdade nunca está a mais de uma geração da sua extinção. Nós não a transmitimos geneticamente às nossas crianças. Precisamos lutar por ela, protegê-la e conservá-la para as próximas gerações, ou passaremos à velhice contando aos nossos netos como era viver nos Estados Unidos numa época em que os homens eram livres".
Penso que uma forte resistência ideológica deve ser incentivada e que ela deve utilizar todos os meios disponíveis para se fazer ouvir. Alguém precisa disseminar essas idéias, tentar influenciar as pessoas, especialmente os jovens, afinal, conforme nos lembra Hayek, "A menos que nós possamos fazer dos fundamentos filosóficos de uma sociedade livre uma estimulante questão intelectual, bem como da sua implementação um desafio que provoque a ingenuidade e a imaginação de nossas mentes mais jovens, as perspectivas da liberdade serão realmente negras. Por outro lado, se nós pudermos recuperar a velha confiança na força das idéias, que foram o marco do liberalismo no seu esplendor, a batalha não estará perdida".
Só conseguiremos deter este monstro chamado Estado, a verdadeira negação da liberdade, se encorajarmos cada vez mais pessoas a pensar claramente, fazendo-as entender o real significado da liberdade e como ela funciona. Estamos falando aqui, portanto, de uma questão ideológica e não exatamente pragmática.
Muitos leitores escrevem para o Mídia Sem Máscara cobrando a formação de um partido político liberal no Brasil. No entanto, não creio que este seja o caminho. A mudança efetiva, aquela que deve ser buscada, é uma mudança de mentalidade, o que requer um trabalho paciente e ininterrupto no campo das idéias e da educação. Precisamos, acima de tudo, gerar argumentos bem fundamentados, claros e inequívocos.
Os ideais de liberdade requerem um compromisso cultural. O importante é desenvolver argumentos que combinem a beleza doutrinária com táticas de guerrilha intelectual. Não podemos deixar que os socialistas dominem sozinhos nas repartições públicas, nas universidades, na grande mídia. Precisamos combatê-los através da idéias, aproveitar cada espaço disponível para mostrar ao público que eles representam a servidão, ainda que disfarçada pelos pungentes ideais de "justiça social", "igualitarismo", etc., enquanto nós representamos a verdadeira liberdade.
FONTE: http://www.midiasemmascara.com.br
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