quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Visão de uma estrela !

Um profeta encontrou um anjo que vadiava entre as àrvores nuas de uma floresta perdida nas mãos de obscuros construtores
O profeta parecia louco
O anjo parecia endiabrado
O profeta sò via pesadelos e catàstrofes, o mundo para ele era a còpia fiel do inferno
Ele dizia :
" Os homens querem que as coisas mudem, reclamam, rezam, fazem promessas de vento.....e no vento tudo se perde....sò escolhem bandidos para defender os interesses deles, dando a eles o fruto de um duro labor
Bandidos traiçoeiros, vivem das mentiras, da ganância e do crime
Apàtridas ! Traidores !
Roubam o povo e a nação que eles representam sem escrùpulo e sem vergonha
E o que esse povo faz ?
Nada ! Nada ! Nada !
Até acham normal serem roubados, fazem piada, sò falta adorarem os corruptos....e pagam, pagam
Pagam com suor, com dor, muito sofrimento e eterno rancor
Pagam sem revolta e com violência
Pagam com o sangue dos inocentes
Povo débil ! Idiota ! Decadente !
Os bandidos roubam
Roubam ! Roubam !
E são felizes, riem do povo, se enriquecem
E a pàtria que se dane !
E o povo que se dane !"
O anjo balança a cabeça e começa a gritar:
Povo débil ! Idiota ! Decadente !
Eles rezam
Agradecem a felicidade deles, o pão de cada dia
Cada dia mais raro e mais caro
Agradecem contemplando as crianças nuas, esqueléticas, estendidas no lixo, rodeadas de pàssaros famintos e homens sem alma
Eles agradecem
Eles as contemplam
Povo débil ! Blasfemador ! Traidor !
Assim iam eles
O profeta e o anjo
Na floresta deserta
Gritando e chorando :
Povo débil ! Blasfemador ! Decadente !


Visão de uma estrela lunàtica de passagem na republica secular das laranjas altaneiras do vazio sideral

Nenhum comentário: